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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, lançará nesta quarta-feira uma nova campanha para alcançar um acordo de cessar-fogo e a libertação de reféns em Gaza, após Israel e o Hezbollah iniciarem uma trégua no Líbano, informou seu assessor de segurança nacional.
Jake Sullivan afirmou que o Hamas está sob maior pressão para chegar a um acordo, agora que o Hezbollah, grupo libanês apoiado pelo Irã, não está mais lutando em solidariedade com o movimento.
Biden conversou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pouco antes de ser anunciada, na terça-feira, a trégua mediada pelos Estados Unidos e França com o Hezbollah. Ambos concordaram em tentar novamente alcançar uma trégua em Gaza, destacou Sullivan.
“O presidente Biden pretende iniciar esse trabalho hoje, enviando seus representantes à Turquia, Catar, Egito e outros atores da região”, disse Sullivan à MSNBC.
“Consideramos isso o início de uma oportunidade para um Oriente Médio mais estável, em que a segurança de Israel seja garantida e os interesses dos Estados Unidos sejam protegidos”, acrescentou.
O acordo entre Israel e Hezbollah representou um raro impulso para Biden, que se prepara para deixar a Casa Branca e transferir o poder para Donald Trump em 20 de janeiro.
Na quarta-feira, Biden afirmou no X (antigo Twitter) que “nos próximos dias, os Estados Unidos farão outro esforço” para chegar a um acordo sobre Gaza, ecoando comentários feitos na véspera.
O presidente americano em fim de mandato explicou que o objetivo é “alcançar um cessar-fogo em Gaza com a libertação dos reféns e o fim da guerra, sem o Hamas no poder”.
Biden também revelou, na terça-feira, que Washington está promovendo um acordo de longo prazo para normalizar relações entre Israel e a Arábia Saudita.
“A paz é possível”, afirmou Biden em um discurso na Casa Branca. “Enquanto isso for viável, não deixarei de trabalhar um único momento para alcançá-la.”
O enviado americano Amos Hochstein, envolvido nas negociações entre Israel e Hezbollah, disse que o acordo criou uma oportunidade para uma solução semelhante em Gaza.
“Acreditamos firmemente que o acordo com o Líbano agora abre essa porta”, afirmou Hochstein em uma reunião com a comunidade judaica dos Estados Unidos nesta quarta-feira.
Após a trégua com o Hezbollah, Israel está conduzindo uma “guerra em apenas uma frente”, destacou. “O Hamas não recebe mais reforços do norte, então este é o momento para o Hamas dar um passo à frente e iniciar negociações”, acrescentou.
A administração Biden também está em contato com a equipe de transição de Trump sobre o tema, informou Sullivan.
(Com informações da AFP)