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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, encarregou o governo de criar, até o próximo dia 1º de abril, as condições para a realocação de empresas russas registradas em países que considera inamistosos, informou hoje o jornal RBC.
Segundo a publicação, em 2023, o chefe do Kremlin já havia dado instruções para que empresas russas registradas em países que impuseram sanções à Rússia devido à guerra na Ucrânia pudessem se estabelecer em regiões administrativas especiais da Rússia.
Desde então, várias empresas russas registradas em jurisdições estrangeiras se mudaram para a Rússia, que conta com duas regiões administrativas especiais, ambas com regimes tributários e de controle de câmbio flexíveis para facilitar a repatriação de capitais.
Entre as empresas russas que já transferiram sua sede para o país estão a Т-Technologies, proprietária dos bancos T-Bank e Rosbank; o serviço de busca de emprego HeadHunter e a rede social VK.
Por outro lado, o gigante gasista russo Gazprom, que já não figura entre as cem maiores empresas russas em lucros, anunciou que no próximo dia 28 irá estudar o fechamento de suas filiais em Bruxelas e Tóquio.
A guerra na Ucrânia levou muitos países europeus a suspenderem as importações de gás da Gazprom, revés que foi intensificado em 1º de janeiro, com a decisão da Ucrânia de suspender o trânsito de gás russo.
Segundo a revista Forbes, a Gazprom está considerando demitir 40% do seu pessoal executivo nas sedes, o que equivale a cerca de 1.600 funcionários.
Por sua vez, o chanceler alemão, Olaf Scholz, afirmou nesta terça-feira no Fórum Econômico de Davos que o presidente russo, Vladimir Putin, “não deve ter sucesso com a guerra de agressão que desencadeou contra a Ucrânia”, ao mesmo tempo em que destacou os fracassos de Moscou em seus objetivos estratégicos.
Em um discurso feito durante a campanha eleitoral alemã, Scholz enfatizou que o apoio ocidental a Kiev “é e continua sendo o caminho para uma paz verdadeira e justa para a Ucrânia”, reiterando que “os ucranianos devem ter a última palavra” sobre o fim do conflito.
O líder alemão sublinhou que as ambições de Putin falharam em múltiplos fronts. “As esperanças de Putin de manter a Ucrânia afastada da Europa, de evitar uma OTAN mais forte e de instalar um regime títere pró-russo em Kiev falharam”, declarou, apontando que a Ucrânia agora é candidata a aderir à UE, a OTAN foi fortalecida e o governo ucraniano está “mais forte do que nunca”.
Scholz destacou que o exército ucraniano emergiu mais poderoso do que antes da guerra, equipado com armamentos ocidentais, atribuindo essa conquista tanto à “força do povo ucraniano” quanto ao apoio internacional contínuo.
Em sua intervenção, o chanceler alemão fez um apelo à importância de proteger a ordem internacional, enfatizando que “o elemento mais importante dessa ordem é a inviolabilidade das fronteiras nacionais”. Ele também criticou o “pensamento maniqueísta que promete soluções simples, mas não pode aplicá-las”, afirmando que o mundo precisa de “clareza e firmeza, especialmente em questões de paz e segurança”.
(Com informações da EFE)
