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Um ataque com mísseis balísticos russos contra o porto de Odessa, na Ucrânia, deixou ao menos quatro cidadãos sírios mortos e causou danos significativos à infraestrutura portuária, informou o governo ucraniano.
O navio MJ PINA, de bandeira de Barbados, foi atingido enquanto carregava trigo com destino à Argélia. “Era uma embarcação totalmente civil”, declarou o vice-primeiro-ministro para a Reconstrução da Ucrânia, Oleksiy Kuleba, em suas redes sociais.
As vítimas, todos tripulantes sírios, tinham entre 18 e 24 anos, segundo Oleh Kiper, chefe da Administração Estatal Regional de Odessa. Além disso, um ucraniano e outro sírio ficaram feridos e estão recebendo atendimento médico.
O ataque não apenas atingiu o MJ PINA, mas também danificou outro navio, cais e armazéns de grãos, estruturas essenciais para as exportações agrícolas ucranianas.
Odessa, alvo frequente de bombardeios
Como um dos principais portos do país, Odessa tem sido alvo recorrente de ataques russos desde o início da guerra. O incidente ocorre um dia após uma crise ambiental causada por um incêndio em tanques de combustível e um depósito de brinquedos, que liberou grande quantidade de poluentes no ar, segundo o veículo Ukrinform.
A intensificação dos ataques russos contra a infraestrutura civil e portuária pode agravar ainda mais a crise econômica e humanitária na região, enquanto a Ucrânia continua buscando apoio internacional para reforçar sua defesa.
Ataque russo em Kryvyi Rig deixa uma mulher morta
O governador da região de Dnipropetrovsk relatou que uma mulher de 47 anos morreu durante um ataque russo com mísseis na cidade de Kryvyi Rig, terra natal do presidente Volodymyr Zelensky.
A Força Aérea da Ucrânia informou que, ao todo, a Rússia lançou três mísseis contra o país durante a noite, além de 133 drones de diferentes modelos, incluindo o Shahed, de origem iraniana. As defesas antiaéreas ucranianas conseguiram abater 98 dos drones.
Ucrânia apoia proposta dos EUA para cessar-fogo de 30 dias
O governo ucraniano declarou apoio a uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo geral de 30 dias com a Rússia, como parte de um esforço diplomático para avançar nas negociações de paz. Em resposta, Washington concordou em remover restrições à ajuda militar e ao compartilhamento de inteligência com Kiev, segundo um comunicado conjunto emitido após uma reunião na Arábia Saudita.
O presidente Volodymyr Zelensky confirmou o apoio à iniciativa dos EUA e detalhou os principais pontos discutidos por sua delegação. “Nossa proposta inclui três aspectos: silêncio no céu e no mar, além de medidas concretas para gerar confiança, como a libertação de prisioneiros”, afirmou.
O assessor de Segurança Nacional dos EUA, Mike Waltz, destacou que a Ucrânia “compartilhou a visão do presidente Donald Trump para a paz” e apresentou sugestões concretas para avançar na negociação. Waltz também informou que discutirá o tema com seu homólogo russo nos próximos dias.
Já o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que a proposta será apresentada a Moscou em breve. “A decisão agora está nas mãos deles. A Ucrânia está disposta a cessar os disparos e iniciar conversas. Cabe à Rússia dizer sim ou não”, declarou.
Fontes próximas às negociações indicam que o enviado especial do presidente Trump, Steve Witkoff, viajará a Moscou no fim desta semana e poderá se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, para discutir a proposta.
As conversas entre Estados Unidos e Ucrânia ocorreram nesta terça-feira em Jeddah, na Arábia Saudita, com o objetivo de restabelecer laços bilaterais e definir possíveis concessões para um futuro diálogo com a Rússia.
O encontro teve início às 9h e, após quatro horas de discussões, os participantes demonstraram otimismo. O chefe do gabinete de Zelensky, Andriy Yermak, líder da delegação ucraniana, descreveu o diálogo com Rubio como “muito construtivo” e afirmou que os esforços visam alcançar “uma paz justa e duradoura”.
Durante uma pausa na reunião, Yermak destacou que as conversas ainda estão em andamento, enquanto a delegação americana afirmou que está se aproximando de “um bom acordo” nos entendimentos preliminares.
(Com informações de EFE, Reuters e AFP)
