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O papa Francisco, primeiro pontífice latino-americano da história da Igreja Católica, morreu nesta segunda-feira (21), às 2h35 pelo horário de Brasília (7h35 no horário local), em Roma. Ele estava em estágio final de recuperação de uma pneumonia bilateral, que o manteve internado por 38 dias. Argentino de nascimento, Jorge Bergoglio liderou a Igreja por 12 anos e será lembrado por sua postura acolhedora, seu estilo de vida simples e pelas reformas que implementou no Vaticano.
A escolha do nome “Francisco” marcou o início de um papado diferenciado e teve influência direta de um brasileiro. Em 2013, logo após sua eleição, Francisco revelou a jornalistas como o cardeal Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, foi peça-chave naquele momento decisivo.
“Na eleição, eu tinha ao meu lado o arcebispo emérito de São Paulo, um grande amigo. Quando a coisa começou a ficar um pouco perigosa, ele começou a me tranquilizar. E quando os votos chegaram a dois terços, aconteceu o aplauso esperado, pois, afinal, havia sido eleito o papa”, contou Francisco, durante uma audiência com cerca de 6 mil jornalistas no Vaticano.
O cardeal brasileiro não apenas o apoiou emocionalmente, mas também inspirou o nome que entrou para a história: “Ele me abraçou, me beijou e disse: ‘Não se esqueça dos pobres’. Aquilo entrou na minha cabeça. Imediatamente lembrei de São Francisco de Assis.”
A referência ao santo italiano também expressava a visão de Igreja desejada por Bergoglio. “Francisco de Assis era um homem pobre”, disse ele na ocasião, reforçando seu compromisso com uma Igreja voltada aos mais humildes.
Durante seu pontificado, Francisco se destacou por adotar uma vida com menos pompas em comparação com seus antecessores. Optou por viver na Casa Santa Marta, uma residência modesta dentro do Vaticano, em vez do Palácio Apostólico. Também escolheu vestes mais simples e priorizou causas sociais, ampliando o diálogo com populações marginalizadas.
Após a morte, o protocolo do Vaticano foi acionado. De acordo com o arcebispo Diego Ravelli, mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, o papa havia deixado instruções para um funeral simples. “O rito renovado busca enfatizar ainda mais que o funeral do Pontífice Romano é o de um pastor e discípulo de Cristo, e não de uma figura poderosa deste mundo”, afirmou Ravelli.
Segundo o Vaticano, a morte foi oficialmente constatada na capela, e não no quarto onde ele faleceu. O corpo foi imediatamente colocado no caixão, como estabelece a tradição. O funeral de Francisco deverá refletir sua fé e o estilo humilde com o qual conduziu a Igreja por mais de uma década.
