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Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodomyr Zelensky, concordaram em se reunir para negociar um acordo de paz para o conflito que se arrasta por três anos. A reunião foi confirmada neste domingo (11) e está agendada para a próxima quinta-feira (15), na Turquia.
Horas antes da confirmação do encontro, Zelensky utilizou suas redes sociais para reiterar a necessidade de uma pausa imediata no conflito, defendendo um cessar-fogo a partir desta segunda-feira. “Esperamos um cessar-fogo começando amanhã – completo e duradouro, para fornecer a base necessária para a diplomacia. Não faz sentido prolongar os assassinatos. E esperarei por Putin na quinta-feira na Turquia. Pessoalmente”, escreveu o presidente ucraniano.
A iniciativa de Zelensky veio após uma proposta de Putin para negociações diretas, sem quaisquer pré-condições. “Estamos propondo que Kiev retome as negociações diretas sem quaisquer pré-condições”, declarou o líder russo em comunicado. Putin também mencionou que conversaria com o presidente turco, Tayyip Erdogan, para facilitar o diálogo.
Este encontro ocorre em um momento de renovadas tentativas para um acordo de cessar-fogo, intensificadas desde a eleição do presidente Donald Trump nos Estados Unidos, que tem exercido pressão por uma solução negociada. Putin afirmou que a proposta russa está “sobre a mesa” e que a decisão agora cabe às autoridades ucranianas e seus aliados. “Nossa proposta, como se diz, está sobre a mesa. A decisão agora cabe às autoridades ucranianas e a seus curadores, que parecem estar guiados por ambições políticas pessoais, não pelos interesses de seus povos”, disse Putin ao agradecer os esforços de mediação de diversos países, incluindo China, Brasil, nações africanas, do Oriente Médio e os próprios EUA.
Durante sua recente viagem à Rússia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também fez um apelo a Putin para que amplie o cessar-fogo com a Ucrânia, em um encontro realizado na última sexta-feira (9). “Nós queremos paz. É importante a paz para a Rússia, é importante para a Ucrânia, é importante para os Estados Unidos, é importante para a União Europeia”, declarou Lula.
Na mesma viagem, o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, avaliou que um acordo para o fim da guerra poderia envolver concessões da Ucrânia à Rússia, como abrir mão da região da Crimeia e desistir da adesão à OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) – um dos fatores que contribuíram para o início do conflito.
