Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo (15) que o país matou o chefe da seção de Inteligência da Guarda Revolucionária iraniana, Mohamad Kazemi, e seu adjunto, Hasán Mohaqeq, durante um ataque em Teerã. “Posso dizer que, há poucos instantes, pegamos o chefe da Inteligência e seu tenente em Teerã”, declarou Netanyahu em entrevista à emissora norte-americana Fox News. A informação já havia sido antecipada pela Iran International, emissora iraniana sediada em Londres, que relatou que Kazemi e Mohaqeq foram soterrados após o bombardeio israelense contra a sede da Inteligência da Guarda Revolucionária — conhecida como Pasdaran — na capital iraniana.
Durante a entrevista, Netanyahu voltou a acusar os serviços secretos iranianos de planejar o assassinato do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Ele é o inimigo número um, um líder determinado”, afirmou. Segundo o premiê israelense, Trump “nunca seguiu o caminho de outros, que tentaram negociar a partir da fraqueza, dando a eles um caminho para enriquecer urânio — o que significa um caminho para a bomba — e entregando bilhões e bilhões de dólares”.
Netanyahu também disse que os iranianos “tentaram me matar, mas eu sou apenas um parceiro menor”. E completou: “Eles sabem que Trump é uma grande ameaça aos planos do Irã de transformar armas nucleares em armas prontas para uso e utilizá-las”. Ainda na entrevista, Netanyahu agradeceu ao presidente por “apoiar o bem contra o mal” e justificou os ataques israelenses ao Irã com o argumento de que “não vamos ter outro Holocausto”.
“Evidentemente, informamos previamente nossos amigos norte-americanos e o presidente Trump, nosso grande amigo (…). Estamos totalmente coordenados”, declarou. O primeiro-ministro também elogiou o plano de Trump para reconstruir Gaza, que propõe dar aos habitantes a opção de deixar o território. Ele negou que o objetivo de Israel seja matar de fome a população ou destruir totalmente as construções. “Colocamos supercargas (explosivas) para detonar todas as bombas-trapaça, e por isso os edifícios são destruídos. Os túneis voam sob os prédios, e eles desabam”, explicou.
Após o anúncio de Netanyahu, o Exército de Israel informou que, no contexto da Operação “Leão Ascendente”, já matou mais de 20 comandantes iranianos desde sexta-feira (14), incluindo chefes do aparato de inteligência e do setor de mísseis do regime de Teerã. “Desde o início da operação, mais de 20 comandantes do aparelho de segurança do regime iraniano foram eliminados”, disse o Exército em comunicado. A nota menciona oficiais de alta patente da Guarda Revolucionária Islâmica e das Forças Armadas do Irã.
Desde 2009, a Guarda Revolucionária — ou IRGC (na sigla em inglês) — fortaleceu uma estrutura de inteligência paralela ao Ministério da Inteligência (MOIS), ampliando suas capacidades na segurança nacional. A unidade de Inteligência da Guarda (IRGC-IO), criada por ordem direta do líder supremo do Irã após os protestos do Movimento Verde, atua com viés ideológico e foco em lealdade ao regime, em contraste com o MOIS, de perfil mais técnico. Na prática, a IRGC-IO persegue jornalistas, ativistas, intelectuais e dissidentes dentro e fora do Irã. As denúncias incluem vigilância em massa, prisões arbitrárias, tortura em centros de detenção como a prisão de Evin, além de operações de sequestro no exterior — como a do jornalista Ruhollah Zam, em 2019. Seu braço cibernético, o “Cyber Command”, utiliza hackers contratados para invadir contas de opositores e espalhar propaganda do regime, sendo alvo de sanções internacionais.
Externamente, a Força Quds — uma subdivisão da Inteligência da Guarda Revolucionária — mantém uma rede de espionagem e operações clandestinas no Oriente Médio e em países ocidentais. Funcionando de forma similar a uma “CIA militarizada”, a Quds financia e comanda milícias em países como Síria, Líbano, Iraque, Iêmen e o próprio Irã, além de estar envolvida em assassinatos e atentados seletivos. Atua de forma coordenada com o IRGC-IO, embora mantenha estruturas separadas para garantir autonomia e ampliar seu poder institucional. (Com informações da Europa Press)
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