Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
Uma excursão de safári no renomado Parque Nacional South Luangwa, na Zâmbia, terminou em tragédia na última quinta-feira (3), com a morte de duas turistas – uma britânica e uma neozelandesa – atacadas por uma elefanta que estava com sua cria. O incidente levanta novamente o debate sobre a segurança em passeios pela vida selvagem africana.
As vítimas foram identificadas como Easton Janet Taylor, de 68 anos, de nacionalidade britânica, e Alison Jean Taylor, de 67 anos, da Nova Zelândia. Elas participavam de uma caminhada guiada, acompanhadas de outros turistas e guias especializados, perto da lagoa Big Lagoon Bush Camp, na província oriental da Zâmbia. Ambas estavam hospedadas em um acampamento há quatro dias e se preparavam para cruzar o rio Luangwa de canoa para um novo destino.
Durante o trajeto, o grupo avistou uma elefanta com sua cria a distância e decidiu desviar o caminho em cerca de 50 metros para evitar qualquer interação. No entanto, minutos depois, um dos integrantes do grupo alertou que o animal começou a avançar em direção a eles.
A reação da elefanta foi “repentina”: Alison, que tinha dificuldades na perna, foi alcançada primeiro, seguida por Janet. Os guias tentaram intervir com disparos para o ar e, posteriormente, em direção à elefanta para tentar conter o ataque. O animal foi ferido, mas as duas mulheres faleceram no local antes que o desfecho fatal pudesse ser impedido, conforme confirmado pela polícia zambiana à CNN.
Outras duas pessoas que acompanhavam as vítimas saíram ilesas. Os corpos foram levados ao hospital distrital de Mambwe, informou o comissário da Polícia da Província Oriental, Robertson Mweemba, à RNZ.
Zonas de Risco e Histórico de Incidentes
O Parque Nacional South Luangwa, localizado a aproximadamente 600 quilômetros da capital Lusaka, é conhecido por sua rica biodiversidade e pela popularidade dos safáris de observação de fauna. As autoridades da Zâmbia lembraram, em entrevista à AP, que “as fêmeas de elefante costumam ser extremamente protetoras com suas crias” e podem reagir com grande agressividade a ameaças percebidas.
Este incidente soma-se a uma série de ataques similares registrados recentemente na África. A RNZ informou que, no último ano, dois turistas americanos idosos morreram na Zâmbia em ataques de elefante durante safáris em veículos. Em um dos casos, a americana Juliana Gle Tourneau faleceu após ser arremessada de um veículo turístico em Livingstone, quando seu grupo ficou cercado por uma manada perto da ponte Maramba. Outra turista norte-americana, Gail Mattson, de Minnesota, perdeu a vida em março em um ataque relacionado ao turismo de natureza.
A ocorrência desses eventos fatais não se limita à Zâmbia. Em abril deste ano, um homem de 54 anos morreu após um ataque de elefante no Quênia, e em janeiro, um turista perdeu a vida na África do Sul em circunstâncias semelhantes, de acordo com a RNZ.
Esses fatos recentes intensificam o debate sobre a segurança em safáris e a interação entre visitantes e animais selvagens, ressaltando tanto a imprevisibilidade da fauna africana quanto a importância das medidas de prevenção na indústria turística.
