A CPI que terá como alvo o Padre Júlio Lancellotti está a um passo de ser aprovada na Câmara dos Vereadores de São Paulo. O vereador Rubinho Nunes (UB) alterou o pedido de CPI ampliando o leque para mirar o pedagogo e pároco da paróquia de São Miguel Arcanjo. A informação é da CNN Brasil, que teve acesso ao documento.
O novo pedido de CPI afirma que o objetivo da comissão é ‘apurar violações à dignidade da pessoa humana, em especial crimes contra a liberdade sexual, assédio moral, sexual, psicológico e abusos congêneres cometidos contra pessoas em situação de rua, vulnerabilidade e drogadição no município de São Paulo’.
Rubinho Nunes, que propôs a CPI que mira Lancellotti, vai precisar reunir 19 assinaturas para poder protocolar à comissão e 28 para aprovar o requerimento de urgência, que fura a fila na sessão plenária da Casa e agiliza a votação.
A reunião dos líderes partidários está marcada para as 14h desta terça-feira (12) e a sessão começa na sequência, às 15h. O objetivo de Rubinho Nunes é reunir as assinaturas antes disso para fazer o processo avançar.
À CNN Brasil, líderes partidários afirmam que, considerando o apoio do presidente da Câmara de SP e as novas denúncias contra Lancellotti, a tendência é de aprovação da CPI a contragosto de partidos de oposição, como PSOL e PT.
Pelo menos 3 denúncias contra o padre Júlio Lancellotti foram apresentadas na Câmara dos Vereadores de São Paulo.
O mais novo relato é de um homem que teria sido assediado por Lancellotti em uma ONG e que teria mantido relações sexuais com o padre em troca de dinheiro para comprar drogas.
Outra denúncia se refere a imagens onde supostamente o padre aparece em uma chamada de vídeo com um menor de idade em conversa com teor sexual. A gravação circulou em 2020.
A 3ª denúncia contra Lancellotti é sobre um caso que passou a ser investigado pela Igreja Católica no mês passado. O caso foi revelado pela Revista Oeste.
A reportagem do portal apresenta o depoimento de um homem que, aos 11 anos de idade, teria recebido “carícias indevidas” de Lancellotti na sacristia, área da igreja dedicada à preparação dos padres para missas.
O homem foi ouvido pela Igreja e reafirmou o relato perante a Comissão de Tutela da Cúria Metropolitana de São Paulo, que trata casos relacionados a denúncias de teor sexual e menores de idade, de acordo com a emissora.
