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O senador Eduardo Girão (Novo-CE) usou a tribuna do Senado nesta quinta-feira (10) para cobrar investigações sobre denúncias envolvendo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues. As acusações, reveladas por uma reportagem da revista Piauí, apontam falta de transparência, ausência de alternância de poder e possível favorecimento dentro da instituição que comanda o futebol nacional.
Durante o pronunciamento, Girão criticou duramente o sistema de governança da CBF, classificando-o como “blindado” contra qualquer renovação interna. Segundo o parlamentar, o modelo atual favorece uma sucessão de privilégios e escândalos que, na avaliação dele, prejudicam o desempenho esportivo do país e afetam a imagem internacional do Brasil.
— É humanamente impossível ter alternância de poder dentro da CBF. A última vez que o Brasil foi campeão do mundo foi em 2002. Desde então, o que vemos é uma sucessão de mordomias e escândalos — declarou o senador.
Girão também questionou a decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu o afastamento de Ednaldo Rodrigues, determinado anteriormente pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Para o senador, a medida gera suspeitas de conflito de interesses, já que, pouco tempo depois, a CBF firmou parceria com o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), fundado pelo próprio Gilmar Mendes.
— Isso precisa ser investigado. É gravíssimo. O ministro deveria ter se declarado impedido — afirmou.
O parlamentar informou ainda que protocolou um requerimento para convocar Ednaldo Rodrigues na Comissão de Esporte (CEsp) do Senado, além de ter enviado um ofício à CBF solicitando esclarecimentos. Ele também manifestou solidariedade aos jornalistas da ESPN afastados após repercutirem publicamente as denúncias contra a confederação.
