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Um estudo conduzido pela Universidade de Harvard apontou que o consumo habitual de café com cafeína pode estar relacionado a uma maior probabilidade de envelhecer em boas condições físicas e mentais. Os resultados foram apresentados este mês na conferência Nutrition 2025, da American Society for Nutrition.
A pesquisa acompanhou por mais de 30 anos um grupo de 47.513 mulheres americanas, participantes do Nurses’ Health Study, um dos maiores projetos sobre saúde e hábitos de vida. Liderado por Sara Mahdavi, da Harvard T.H. Chan School of Public Health, o estudo avaliou mulheres registradas como enfermeiras nos Estados Unidos.
Para definir o conceito de “envelhecimento saudável”, os pesquisadores estabeleceram critérios rigorosos: as participantes deveriam ter pelo menos 70 anos, estar em boa saúde física e mental, sem comprometimento cognitivo, doenças de memória ou 11 doenças crônicas, entre elas câncer, diabetes tipo 2, doenças cardíacas, insuficiência renal, Parkinson e esclerose múltipla. Apenas 3.706 mulheres cumpriram todos esses requisitos ao final do estudo.
De acordo com o relatório, cada xícara adicional de café consumida diariamente associou-se a um aumento de 2% a 5% na probabilidade de envelhecer com saúde. Esse efeito positivo foi observado somente no café com cafeína; o café descafeinado e o chá não apresentaram relação significativa com o envelhecimento saudável.
Além disso, o estudo também analisou o consumo de refrigerantes. Os resultados indicaram que, para cada lata de 355 ml ingerida, a probabilidade de envelhecer de forma saudável diminuía entre 20% e 26%, mesmo nos refrigerantes com cafeína.
Os pesquisadores consideraram diversos fatores que poderiam influenciar os resultados, como idade, índice de massa corporal (IMC), tabagismo, consumo de álcool, atividade física, nível educacional e ingestão de proteínas.
Apesar da robustez do estudo, os autores ressaltam que os resultados indicam correlação e não causalidade, ou seja, não é possível afirmar que o café causa diretamente o envelhecimento saudável. “É possível que as mulheres que consumiam café compartilhassem algum outro fator não identificado que também contribuía para o envelhecimento saudável”, explicaram.
