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Na tarde desta sexta-feira, 27 de outubro de 2023, os ativos brasileiros apresentaram piora, na esteira de declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de algum mau humor adicional nos ativos globais.
Os juros futuros saltaram à máxima do dia, chegando a 11,35% para janeiro de 2029. O Ibovespa passou a operar próximo das mínimas da sessão, aos 113.715 pontos, e o dólar abandonou quase toda a queda contra o real, chegando a R$ 4,9862.
Os comentários de Lula sobre a meta fiscal foram os principais responsáveis pela piora do mercado. O presidente afirmou que a meta de resultado primário zero em 2024 dificilmente será alcançada e que não quer fazer cortes em investimentos e obras.
“Tudo que a gente puder fazer para cumprir a meta fiscal, a gente vai cumprir. O que eu posso te dizer é que ela não precisa ser zero. O país não precisa disso. Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo corte de bilhões nas obras que são prioritárias para este país. Eu acho que muitas vezes o mercado é ganancioso demais e fica cobrando uma meta que ele sabe que não vai ser cumprida”, disse Lula.
Após as declarações, as taxas de juros futuros domésticas viraram para alta, com a Taxa Média de Depósitos Interfinanceiros de Um Dia de janeiro de 2025 avançando 1,11%; o título de 2027 subindo 1,44% e a taxa de 2029 tendo alta de 1,65%.
No mercado de ações, as quedas mais significativas foram registradas por B3 ON (-2,98%), Banco do Brasil ON (-2,10%) e Petrobras PN (-1%). Vale ON, por outro lado, subiu 2,76% após divulgação de balanço.
O dólar comercial, que chegou a recuar mais de 1,15% pela manhã, agora ronda a estabilidade. O real já vinha perdendo força com algum mau humor externo, mas se mantinha no topo do ranking com o melhor desempenho da sessão. Após os comentários de Lula, a moeda brasileira passou a ficar com o sétimo melhor desempenho do dia, atrás de pares como peso mexicano, rand sul-africano e peso chileno.
