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Adélio Bispo de Oliveira, autor do atentado contra o hoje presidente da República, Jair Bolsonaro, em Juiz de Fora, afirmou durante avaliação psiquiátrica que irá cumprir sua missão de matar o presidente Jair Bolsonaro e também o ex-presidente Michel Temer.
Adélio explicou sua razão para tentar matar Bolsonaro, baseado numa teoria conspiratória. O presidente, segundo ele, integra “uma conspiração maçônica para destruir o Brasil”.
O esfaqueador disse que tentou assassinar Jair Bolsonaro porque, se eleito, ele “entregaria nossas riquezas ao FMI, aos maçons e à Máfia italiana”,
Para Adélio, de acordo com o que disse na avaliação, seriam mortos “os pobres, pretos, índios, quilombolas, homossexuais, só ficando os ricos maçons dominando as riquezas do Brasil”.
As declarações constam na decisão do juiz Bruno Savino, da 3.ª Vara Federal de Juiz de Fora, que julgou inimputável (impossibilidade de ser condenado) o agressor de Bolsonaro por sofrer de Transtorno Delirante Persistente.
O advogado de Adélio Bispo, Zanone Manuel de Oliveira, afirmou que todas as declarações de seu cliente condizem com o resultado do laudo pela inimputabilidade e a decisão do juiz. “No início, acharam que era lero-lero da defesa a alegação de problemas mentais de Adélio Bispo. Mas hoje está provado que não era”, disse.
O autor do atentado, cometido à faca, na cidade mineira em 6 de setembro do ano passado, está preso em Campo Grande (MS).