Saudações.
Convidado que fui a escrever uma coluna nesta Gazeta Brasil, informo já, desde a largada, que não espere encontrar aqui a confirmação daquilo que você já tem como opinião, das coisas que você já pensa:
Nossos veículos de mídia e seus braços nas redes sociais já estão repletos de colunistas de nicho, aqueles que só falam o que seu público deseja ouvir.
Não. Isso é muito fácil. E muito aborrecido.
Se seu assunto predileto, por exemplo, for política (há algo no Brasil atualmente que não seja política?), não venha aqui em busca de posicionamentos cem por cento alinhados ou cem por cento desalinhados; nem de um extremo, nem do outro extremo, de cima do muro muito menos; nem do alto, onde pairam os arrogantes, nem do fundo do poço (ou abaixo disso), onde atolam os desconectados da realidade.
Deve haver algum lugar disponível para o equilíbrio; e para o senso crítico, esse artigo raro em um tempo em que há tanta gente apaixonada.
Não espere assiduidade: não terei dia, nem hora certos para publicar aqui, nesta coluna; o formato terá semelhanças com o de minha conta no Twitter, prestes a completar dez anos de vida: comentários curtos e randômicos sobre qualquer tema de alguma relevância.
– Só não pode ter os palavrões – recomendou-me, prudente, a editora.
Creio que serei obrigado a acatar a recomendação.
Mas não estou muito certo disso. Vou tentar. Talvez.
Seja, pois, bem-vindo.
Abramos os trabalhos.
Laróyè
Salaam Aleikum
Bênção
Axé
Shalom