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WASHINGTON (Reuters) – Manifestantes tentaram derrubar uma estátua de Andrew Jackson, o sétimo presidente dos Estados Unidos, em um parque próximo da Casa Branca na segunda-feira, rabiscando “escória assassina” em seu pedestal e puxando o monumento com cordas até a polícia intervir.
O confronto aconteceu na Praça Lafayette, onde multidões que protestavam pacificamente contra a morte de George Floyd, sufocado sob o joelho de um policial, foram expulsas à força três semanas atrás para abrir caminho para o presidente norte-americano, Donald Trump, posar para fotos segurando uma Bíblia diante de uma igreja próxima.
A ação frustrada para derrubar a famosa imagem de bronze de Jackson em um cavalo empinado foi a tentativa mais recente de destruiu monumentos de figuras históricas consideradas racistas ou polarizadoras em meio aos protestos desencadeados pela morte de Floyd.
Trump usou o Twitter para dizer que muitas pessoas foram presas por causa do “vandalismo vergonhoso” no Parque Lafayette e também por desfigurar o exterior da Igreja de São João.
“Dez anos de prisão, segundo a Lei de Preservação do Memorial dos Veteranos. Cuidado!”, alertou.
O incidente de segunda-feira começou ao entardecer, quando dezenas de manifestantes, a maioria usando máscaras contra a infecção de coronavírus, penetraram uma cerca erigida nos últimos dias ao redor da estátua no centro do parque.
Depois os manifestantes subiram no monumento, amarrando cordas e cabos ao redor das cabeças esculpidas de Jackson e de seu cavalo e derramando tinta amarela no pedestal de mármore antes de a multidão começar a tentar arrancar a imagem de sua base.
Dezenas de agentes liderados pela Polícia dos Parques dos EUA tomaram a praça, usando cassetetes e bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes. Ao anoitecer, a polícia havia assumido o controle e superado numericamente os ativistas nas imediações.
Jackson, ex-general do Exército dos EUA, cumpriu dois mandatos na Casa Branca entre 1829 e 1837, adotando um estilo político populista que já foi comparado algumas vezes ao de Trump.
Ativistas indígenas criticam há tempos o democrata Jackson por ter assinado a Lei de Remoção Indígena, por meio da qual o governo dos EUA expulsou milhares de nativos norte-americanos de suas terras e os forçou a marchar para o oeste, o que ficou conhecido como a “Trilha das Lágrimas” – muitos morreram antes de chegar.