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Embora tenha sido dito que Kanye West abandonou a corrida presidencial de 2020, o rapper realizou seu primeiro evento de campanha em Charleston, na Carolina do Sul, na noite de domingo, 19, “apenas para convidados registrados”.
Em seu comício para campanha presidencial anunciada em 4 de julho à Casa Branca, West apareceu no palco com “2020” raspado na parte de trás da cabeça e vestindo o que parecia ser um colete de estilo militar. Ele protestou contra o aborto e a pornografia, discutiu a política com os participantes e em certo momento até caiu em lágrimas.
Em observações que duraram pouco mais de uma hora, ele denunciou o aborto, convocou membros aleatórios a falar e fez comentários divagantes que deixaram até mesmo os presentes murmurando em descrença. “Harriet Tubman nunca libertou os escravos. Ela só fez os escravos trabalharem para outros brancos”, disse ele em certo momento ao discutir a desigualdade econômica.
Kanye West argumentou que o aborto deveria ser legal, mas após ser fortemente desencorajado, ele sugeriu que promoveria uma política como presidente para que qualquer um que dê à luz a uma criança receba US$ 1 milhão “ou algo assim nessa família”.
West se referiu à Bíblia e aos ensinamentos cristãos várias vezes, e caiu em lágrimas em um ponto enquanto descrevia como ele quase foi abortado por seus pais. “A única coisa que pode nos libertar é obedecendo as regras que nos foram dadas por uma terra prometida”, disse ele. “O aborto deve ser legal, porque adivinha? A lei não é de Deus de qualquer maneira, então o que é legalidade?”.
O evento, que foi transmitido ao vivo no YouTube e realizado em estações de televisão locais, teve poucas semelhanças com eventos típicos de candidatos polidos. O local parecia não ter microfones de audiência, então West repetidamente disse à multidão para ficar em silêncio para que os membros da plateia que ele chamou pudessem ser ouvidos.
*Com informações de Reuters