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Era uma vez a Frente Ampla

Era uma vez a Frente Ampla da esquerda… Bom talvez não devesse começar assim, porque estamos longe de um conto de fadas, na verdade, é história digna de compor um roteiro de filme de terror daqueles de 2ª classe. Infelizmente, tudo indica que a esquerda começou a conseguir se unir, e estou falando de união de verdade, não uma festinha entre o PT e o PSOL, mas de um movimento coordenado que vem sendo desenhado ao longo dos últimos meses por diversas figuras chaves dentro da esquerda, do “centro”, da mídia e do establishment.

A ideia da Frente Ampla pode ser explicada de forma bem simples: todo mundo que é contra o conservadorismo, a direita, Bolsonaro é bem-vindo. Então estamos falando de unir pessoas que vão desde a extrema-esquerda até o “centro” do senhor Sérgio Fernando Moro. Quando rastreamos o início dessas movimentações, conseguimos achar artigos que nos remetem ao mês de abril, como o escrito pelo José Dirceu, onde ele já afirmava ser hora de deixar as diferenças de lado e juntar a esquerda com a “direita liberal” (MBL, DEM, PSDB, Novo e afins). Também existem artigos ao longo dos meses da Época, Globo, Marcelo Freixo, Benedita da Silva, Aloízio Mercadante, Gabriela Prioli, Tabata Amaral, etc… E temos figuras que não escreveram propriamente um artigo, mas demonstraram publicamente seus posicionamentos em favor da Frente Ampla como Felipe Neto, Moro e Luciano Huck.

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Indo mais a fundo, essa Frente Ampla não se resume a ser um grupo amorfo, ela possui alguns alicerces e direcionamentos visando a implantação de seu projeto de poder e apresentação para a sociedade. O plano e a “nova” ideologia deles fica bem escancarada, num artigo publicado no El País intitulado “Felipe Neto: “Qualquer comunicador que se cala sobre o que estamos vivendo com Bolsonaro é cúmplice””.

Logo no primeiro parágrafo o jornalista cita Hannah Arendt, e o que isso importa? Bom, a Hannah pode ser considerada a filósofa criadora da ideologia do isentão, ela sempre se põe em uma posição de superioridade e sabedoria, pois ela não se encaixa em rótulos como esquerda e direita, é o velho “pra frente”. Ela também defende que o foco deve ser mirar em pautas e ideias universais, ou seja, defender coisas que até um babuíno seria a favor, como, por exemplo “lutar contra a corrupção”, “defender a democracia”, “proteger o meio ambiente”. E também faz questão, sempre que possível, de igualar os “extremos”, um bom exemplo para ilustrar essa retórica, é o Nando Moura, quando ele cita o tal do “BolsoPTismo”, ou PTista de sinal trocado, ou ainda o General Santos Cruz atribuindo ao Bolsonarismo a alcunha de “Comunismo de Direita”.

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Não consigo contar quantas pessoas nos últimos dias falaram que não são nem de esquerda, nem de direita, mas que buscam diálogo e defender um projeto de Brasil.

E todo esse comportamento é facilmente notado nas falas e posicionamentos das lideranças políticas da oposição. Basta pegar qualquer tweet do Felipe Neto, falas do Sérgio Moro ou do nosso Iluministro (Barroso) que você vai ouvi-los repetindo a canção de uma nota só sobre como precisamos proteger a democracia e as instituições dos avanços autoritários dos regimes populistas.

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Outro ponto interessante, é que as principais lideranças da Frente Ampla não flertam de igual para igual com a antiga esquerda marxista PTista, eles são uma renovação da esquerda, são mais descolados, tem apelo com os jovens, trocaram os sindicatos por movimentos sociais, deixaram a luta contra a opressão burguesa para focar contra a opressão que os grupos minoritários sofrem. Ainda deixam claro, a cada oportunidade, que acabou a era PT e se eles quiserem fazer parte da frente ampla, precisarão deixar o protagonismo de lado.

Vale salientar que diferente de 2018, a oposição parou de tratar a direita brasileira como um grupo cômico que não tem peso político. Não confunda o comportamento acusatório e difamatório empregado contra a direita, com nos levar a sério. O que quero dizer é que várias lideranças já começaram a fazer autocríticas dentro da esquerda para tentar entender como conseguimos eleger Bolsonaro em 2018.

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A esquerda já reconhece que junho de 2013 foi um marco que precisa ser entendido se eles quiserem derrubar o conservadorismo. Também entenderam que a linguagem conectada com a realidade popular, memes, ironia, dentre outros, são fatores essenciais para aumentar a capilaridade dessa nova forma de debater política na era digital das redes sociais.

Tanto entenderam que figuras como Filipe Neto, políticos do PSOL, MBL, etc… Já miram suas ações midiáticas buscando fazer LIVEs jogando, falar de animes (desenhos japoneses), comentar sobre filmes e séries. Eles querem conquistar o eleitorado jovem, e sabem que é muito mais fácil obter penetração na sociedade através da cultura e entretenimento do que através de conteúdo político partidário.

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Nesse cenário cabe a nós fazermos a nossa autocrítica: o que iremos fazer? Tudo indica que Bolsonaro está reeleito em 2022, mas e o Senado? Câmara? A direita precisa sair dessa referência circular onde a maior parte do tempo se discute sobre as ações do governo federal, e quem é ou não é um “bolsonarista de verdade”, para focar os esforços em tentar unir pessoas que pensam 80% iguais (já se dizia que pensar 80% igual é 80% aliado e não 20% opositor).

Continuamos sem nomes para governadores, deputados, senadores. Ainda não temos um partido, não temos empresários do nosso lado, não temos espaço na mídia, na TV. A realidade é que não avançamos muito desde 2018. Mais do que nunca é hora de arregaçar as mangas visando resultados práticos. As regras são claras e conhecidas por todos, cargos do executivo e senado são vencidos pela maioria dos votos válidos. Já na câmara além dos votos, tem o quociente eleitoral. Ou encaramos a situação de frente, ou corremos o risco da esquerda novamente emplacar 144 deputados, o grupo de Maia 94 e nós ficarmos a ver navios, presos em casa devido às decisões de governadores como o João Dória.

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