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O governo holandês está decidido a adotar o primeiro toque de recolher nacional desde a 2ª Guerra Mundial ao seu já amplo lockdown nesta quarta-feira (20), numa tentativa de limitar a propagação de novas mutações do coronavírus na Holanda.
O toque de recolher permitirá que apenas pessoas com necessidades urgentes deixem suas casas entre 20h30 e 4h30, horário local, a partir da noite de sexta-feira, disse a RTL, citando fontes do governo.
Escolas e lojas não essenciais já estão fechadas desde meados de dezembro, após o fechamento de bares e restaurantes dois meses antes.
Este bloqueio permanecerá em vigor até pelo menos 9 de fevereiro, disse o primeiro-ministro Mark Rutte na semana passada.
A introdução do primeiro toque de recolher noturno desde o imposto aos holandeses pelos ocupantes alemães na Segunda Guerra Mundial é altamente controverso, e vários partidos políticos já disseram que nunca o apoiariam.
O governo está discutindo o toque de recolher e outras possíveis medidas na manhã de quarta-feira e disse que anunciará suas decisões no início da tarde.
Em seguida, ele buscará o apoio do parlamento para suas medidas em um debate que deve começar por volta de 15h00 GMT. O toque de recolher, entretanto, pode ser imposto sem o apoio dos partidos de oposição.
O governo também está considerando a possibilidade de proibir viagens de e para a Grã-Bretanha e África do Sul, disse a RTL, para limitar a propagação das variantes altamente contagiosas do vírus que foram descobertas lá pela primeira vez.
As infecções na Holanda diminuíram em ritmo contínuo nas últimas três semanas, mas as autoridades de saúde dizem que as novas variantes levarão a um novo aumento no próximo mês, se as medidas de distanciamento social não forem reforçadas.
O governo holandês atualmente tem um status de zelador, já que Rutte na sexta-feira passada entregou sua renúncia ao rei Willem-Alexander após um relatório condenatório sobre a forma como seu gabinete está lidando com os subsídios para creches.
Rutte disse que permanecerá tomando decisões sobre as políticas da Covid-19 até que um novo governo seja formado após as eleições de 17 de março, buscando amplo apoio para medidas tanto da coalizão quanto dos partidos de oposição.
*Com informações de Reuters