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O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) pediu para a Polícia Federal (PF) abrir um inquérito para investigar o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) devido ao relatório sobre movimentações bancárias do advogado Frederick Wassef. A informação é da Folha de S.Paulo.
O advogado era investigado pela PF por suposto recebimento de R$ 9 milhões da JBS de 2015 a 2019. A base da investigação era o Relatório de Inteligência Financeira (RIF), que foi considerado ilegal pela 3ª Turma do Tribunal.
Desde então a investigação está paralisada, apesar de um pedido do Ministério Público Federal (MPF) para que a decisão seja reanalisada. Para os juízes federais, a forma como o Coaf acessou e reuniu as informações não está clara, em uma espécie de “geração espontânea”.
Assim, o TRF-1 determinou que uma investigação seja aberta para apurar como os dados bancários foram acessados, além de determinar quem vazou o documento, que foi divulgado pela revista Crusoé em agosto de 2020.
O Coaf já havia defendido o trabalho realizado com o RIF relacionado a Wassef e o anúncio da determinação de abertura de um inquérito causou surpresa e indignação. Em comunicações anteriores, o órgão informou ao TRF-1 que seguiu a metodologia padrão para a formulação do relatório e que reuniu informações de 34 fontes distintas.
O RIF foi gerado em junho de 2020, na época em que o nome de Wassef foi ligado a Fabrício Queiroz, investigado no suspeito esquema de “rachadinhas” na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). Além desse fato, os juízes não viram motivos legais que sustentassem a geração do relatório.