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Chapecó deve ter mais leitos de UTI até o final da semana, disse o Secretário de Estado da Saúde no Oeste catarinense, André Motta, em coletiva de imprensa no final da tarde desta segunda-feira (15).
Ele também afirmou que vai conversar com outros hospitais da região. Segundo o prefeito João Rodrigues (PSD), Chapecó vive uma situação de “colapso” no sistema de saúde.
Desde janeiro, a região Oeste enfrenta falta de leitos de UTI do SUS. Em fevereiro, a situação se agravou.
Nesta segunda-feira (15), não havia vagas de UTI-Covid na região e três dos quatro hospitais tinham pacientes aguardando leitos. O secretário também foi questionado sobre por que a região Oeste tem tido uma velocidade alta no aumento do número de casos de Covid-19.
“Após o segundo pico, que foi no estado inteiro lá no final de novembro, algumas regiões diminuíram de uma forma mais acentuada o número de casos. Aqui [no Oeste] se manteve num patamar mais alto”.
Motta falou na possibilidade de uma variante da Covid-19 estar na área: “Temos também que considerar a possibilidade de novas cepas circulando. E é fato: essas cepas já estão circulando no país inteiro”.
Porém, para ele, outros motivos também precisam ser considerados, como o comportamental: “São os jovens que, depois de quase um ano de enfrentamento, acabam ficando mais ansiosos e esquecendo de manter o regramento. No jovem, acabou aumentando a velocidade de transmissão. Sempre quando se tem aumento na velocidade de transmissão, a gente tem uma maior violência, a doença se mostra mais grave. Infelizmente, nós temos pessoas de 20, 30 anos intubadas em terapia intensiva. Não dá pra atribuir isso apenas a novas cepas, mas sim a uma série de fatores, entre eles esse extremo comportamental”.
O governo federal monitora a situação da saúde no Oeste. O prefeito afirmou que conversou com o presidente Jair Bolsonaro.
Rodrigues disse ao presidente que a principal necessidade no município na área da saúde é mão de obra. Bolsonaro anunciou ajudo federal para a cidade. A ligação partiu dele.
O secretário André Motta afirmou que há a possibilidade de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) ajudarem no transporte de pacientes em Santa Catarina.