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Feriadão antecipado não melhora isolamento na capital paulista, que atinge média de 44,7%

A antecipação de três feriados municipais na capital paulista e o recesso de dez dias articulado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) teve baixo impacto no índice de isolamento no município, que ficou em uma média de 44,7% entre a sexta-feira, 26, e o último sábado, 3. Nos dias úteis que antecederam o decreto, a taxa em São Paulo variava entre 42 e 43%, aproximadamente 1,5% a menos do que o observado após a medida.

Dados do Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que traz informações sobre o índice de adesão ao isolamento social no Estado, apontam que o domingo, 28, foi o dia em que a população da capital menos circulou pelas ruas, quando a taxa de isolamento chegou a 50%. Ainda assim, os fins de semana costumam apresentar um número maior de pessoas em casa desde que o Plano São Paulo foi implementado.

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Nas últimas quarta e quinta-feira, 31 e 1º, a folga dos feriados municipais impactou em apenas 1% o índice de isolamento na capital, que ficou em 43%. Nos mesmos dias da semana anterior, a taxa era de 42%.

O movimento anunciado por Covas na capital foi seguido por outros municípios de São Paulo, mas o impacto também foi baixo na taxa estadual, que teve média de 45,3% nos nove primeiros dias do feriadão e pico também no domingo, 28, com 51%.

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A administração municipal não anunciou qual era a meta de isolamento pretendida com a antecipação dos feriados. No ano passado, o Estado havia divulgado ainda no início da pandemia que o ideal era chegar a 60%, mas membros do Centro de Contingência da Covid-19 têm evitado usar esse percentual nos últimos meses. Se ele ainda fosse válido, apenas três municípios paulistas teriam atingido o índice neste sábado, 3: São Joaquim da Barra (68%), Mococa (61%) e Bertioga (60%).

Municípios do litoral norte e da Baixada Santista adotaram restrições e barreiras sanitárias para conter turistas

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Em meio ao agravamento da pandemia da covid-19 no Estado, o anúncio do megaferiado preocupou os municípios do litoral norte e da Baixada Santista, que fizeram barreiras sanitárias e tomaram medidas diversas para desestimular a procura de turistas. Kayo Amado (PODE), prefeito de São Vicente, se diz um “grande crítico” da antecipação dos feriados.

Em meio ao agravamento da pandemia da covid-19 no Estado, o anúncio do megaferiado preocupou os municípios do litoral norte e da Baixada Santista, que fizeram barreiras sanitárias e tomaram medidas diversas para desestimular a procura de turistas. Kayo Amado (PODE), prefeito de São Vicente, se diz um “grande crítico” da antecipação dos feriados.

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Ele determinou a realização de barreiras sanitárias e atividades de orientação, além da instalação de faixas em espaços que atraem visitantes. No mirante da Ilha do Porchat, contudo, turistas chegaram a arrancar a sinalização e se aglomerar no local para fazer fotos e confraternizar.

“É um cenário muito ruim que a gente observa. O feriado pode ter dado efeitos até positivos para a capital e os municípios do entorno que fizeram, mas, com certeza, impactou no trabalho desafiador que a gente já estava fazendo em São Vicente e na Baixada, com medidas mais restritivas”, afirma.

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Ele comenta que, pela quantidade de acessos, é “impossível” abordar todos que entram no município e, por isso, defendia que fossem feitas barreiras e testagem para covid-19 no pedágio, antes da descida. Além disso, comenta que, no mínimo, o megaferiado aumentou os custos das prefeituras, que tiveram que mobilizar equipes da Guarda Civil, da Vigilância Sanitária e outros setores para fazer ações de fiscalização e restrição. “Se ainda fosse só o custo, o que já é grande coisa, mas (ainda há) o risco à saúde pública.”

O prefeito lembra que chegou a acionar a Justiça para cancelar o megaferiado, mas não teve decisão favorável. “Se o prefeito de São Paulo precisa tomar medidas mais rígidas de restrição, que as tome, como a gente teve coragem de fazer aqui embaixo. Mas que não jogue a responsabilidade para a gente, diminuindo a população presente no território dele.”

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São Vicente está com cerca de 100% dos leitos de UTI ocupados.”O cenário é bastante grave (na Baixada Santista), porque os leitos privados estão em colapso e os públicos à beira dele”, acrescenta.

Em Bertioga, por sua vez, 15 entradas foram bloqueadas e a gestão municipal instalou três barreiras sanitárias entre o centro e a Riviera de São Lourenço, com funcionamento 24 horas e que abordaram mais de 21,5 mil veículos até a tarde de sábado, dos quais 1,1 tiveram de realizar o retorno à cidade de origem. Para o prefeito, Caio Matheus (PSDB), a adoção conjunta no litoral desse tipo de iniciativa e o cancelamento da Operação Descida ajudaram a reduzir o fluxo de turistas.

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“Foi vital para que a gente pudesse dar conta da pressão de São Paulo, com o intuito de minimizar a descida das pessoas”, aponta. Segundo ele, o fluxo foi até menor do que o esperado, mas “algumas pessoas insistiram, de maneira irresponsável, em tentar descer”, mesmo com as praias e os calçadões fechados.

O prefeito afirmou, contudo, que foram recebidas “poucas” denúncias de aluguel de imóveis, que foi vetado na cidade. “A fiscalização está atuando na faixa de areia e tirando o pessoal. A praia está vazia mesmo com o sol.”

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Bertioga está com 100% de ocupação na UTI, média que teve baixa variação nas últimas duas semanas. “A praia não vai sair do lugar e o sol vai nascer diversas outras vezes. Então, é bom estar vivo para curtir tudo isso aí”, destacou o prefeito.

Prefeita de Praia Grande, Raquel Chini (PSDB), conta que chegou a defender a instalação de barreiras sanitárias no sistema Anchieta-Imigrantes para orientar os motoristas sobre as restrições no litoral, mas a proposta não foi acatada. Ela avalia que as medidas tomadas pelos municípios da Baixada Santista foram acertadas. “Funcionou bastante. Quando soubemos do feriadão decretado pelo Bruno Covas, a gente ficou muito preocupado, porque somos muito próximos da capital”, comenta.

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“Fizemos o possível para orientar as pessoas. Com isso, diminuímos o fluxo de pessoas na cidade”, aponta. “As pessoas chegaram e não encontraram nada, com a praia fechada, e acabaram retornando.”

Segundo ela, ocorreram algumas aglomerações de turistas em casas alugadas, que foram autuadas. “Tomamos atitude na hora certa. Com o fechamento da cidade, as pessoas não tiveram opção.”

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Já a vice-prefeita do Guarujá, Adriana Soares Araújo Machado (PSD), conta que havia um temor na região que o mega feriado aumentasse a transmissão da covid-19. “A gente sabia que as pessoas, em feriado, vão descer para a Baixada. É natural isso, é a praia mais próxima da cidade de São Paulo”, aponta.

Desde 24 de março, a gestão Válter Suman (PSB) realizou barreiras sanitárias para dificultar a entrada de pessoas sem necessidade comprovada (como moradia ou trabalho em atividade considerada essencial). Segundo a vice-prefeita, 3.258 veículos foram impedidos e orientados a retornar para o município de origem. “Ninguém fecha comércio, fecha praia, ainda mais em uma cidade turística, sem necessidade. A única intenção disso é salvar vidas.”

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Ela comenta que o município teve alguns problemas com marinas e surfistas, que tentaram burlar as normas, mas que a maioria da população e dos comércios respeitou as restrições. “Muitos desceram para a Baixada, e estão tendo que se adequar. Aqui está em lockdown sim, e a gente precisa manter, porque o sistema de saúde está colapsado. Simples assim. Não é por querer, é realmente por necessidade.”

Adriana ressaltou, ainda, que a ocupação de leitos no município é de 102%. “Quando a gente faz uma restrição dessa, é esperando um repique daqui a 15 dias. Se a gente não fizer, vai aparecer mais gente infectada daqui a 15 dias”, aponta.

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Em São Sebastião, no litoral norte, a barreira sanitária também incluía a realização de testes rápidos de covid-19, na qual ao menos 65 pessoas tiveram resultado positivo. Uma mulher de 58 anos chegou a furar o bloqueio após ter a confirmação de estar com a doença, mas foi interceptada e conduzida até a divisa do município.

Sistema de Monitoramento Inteligente

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O Sistema de Monitoramento Inteligente de São Paulo (Simi) traz dados sobre o deslocamento da população em alguns municípios paulistas. A iniciativa é uma parceria entre o governo estadual e as operadoras de telefonia Vivo, Claro, Oi e TIM, através da Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações (ABR) e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

O governo estadual informa que os dados são anonimizados e agregados por município, respeitando a privacidade do usuário. De acordo com informações disponibilizadas pelo IPT, o índice de isolamento é baseado na localização obtida pelas antenas de celulares, que marcam o lugar onde o aparelho estava entre 22h e 2h. Durante o dia, um celular que tenha se afastado desta referência é considerado fora do isolamento.

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Já o boletim diário de trânsito na cidade de São Paulo aponta uma redução no período do megaferiado. Enquanto as três primeiras sextas-feiras do mês tiveram lentidão média entre cerca de 40 e 90 quilômetros, o registro foi de aproximadamente 10 quilômetros de lentidão no dia 26, o primeiro do mega feriado. Da mesma forma, o volume de veículos que era de mais de 6 milhões nas sextas-feiras antes da medida caiu para aproximadamente 4 milhões em 26 de março.

Dados da SPTrans também apontam uma tendência de queda no transporte coletivo ao longo do mês. Em 5 de março, foram cerca de 2,06 milhões de passageiros transportados na cidade, volume que caiu para 1,71 milhão, no dia 12, e para 1,52 milhão na sexta-feira seguinte, 19. Na penúltima sexta-feira, 26, a primeira do mega feriado, a SPTrans registrou 1,29 milhão de passageiros

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