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Uma nova variante da Covid-19 foi detectada em Belo Horizonte e Região Metropolitana. Ela foi descoberta pelo Laboratório de Biologia Integrativa do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pelo Setor de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Pardini, em colaboração com o Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Prefeitura de Belo Horizonte.
De 85 genomas de Sars-CoV-2 sequenciados a partir de amostras de pacientes contaminados pelo novo coronavírus, dois indicaram a presença de um conjunto de 18 mutações nunca descritas anteriormente.
Parte dessas modificações já foi identificada em outras variantes associadas com o aumento do risco de morte.
Os estudos genéticos já realizados indicam que a nova variante da Covid tem características em comum com a P.1, descoberta em Manaus, a P.2, identificada no Rio de Janeiro, a B.1.1.7, do Reino Unido, e a sul-africana B.1.1.351.
Segundo ele, embora seja precoce dizer se a nova variante é mais transmissível ou severa, já se sabe que ela possui mutações já descritas em outras variantes associadas com o aumento do risco de morte.
Os dois genomas estão em amostras coletadas nos dias 27 e 28 de fevereiro de 2021. Não há evidências de qualquer ligação entre elas, como parentesco ou região residencial, o que reforça a probabilidade de circulação da nova possível variante.
Além disso, de acordo com o virologista, tudo indica que as pessoas contaminadas pela nova variante não fizeram viagens internacionais ou tiveram conexão com outros estados. No entanto, ainda são necessários novos estudos, inclusive com amostras mais antigas, para determinar exatamente quando e onde ela surgiu.
De acordo com Santana, possíveis impactos da nova variante na capacidade de imunização das vacinas aplicadas no Brasil também precisam ser pesquisados.