Nesta terça-feira (14) após participar de evento no Planalto, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, anunciou uma “reestruturação das polícias”, que deve sair no ano que vem.
Ele confirmou que o assunto será discutido entre os ministérios da Justiça e da Economia e o presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma reunião às 15h30, no Palácio do Planalto.
O governo federal prepara um reajuste salarial para agentes da PRF, da PF e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) até 2022.
“Nossa ideia é reestruturar a carreira da PRF, criar uma carreira de verdade para eles, mudar algumas coisas nas carreiras da Polícia Federal, das carreiras de agentes, escrivão, papiloscopista, delegado e administrativos e regulamentar e organizar a polícia penal”, disse Torres à imprensa.
“São questões que estão pendentes já há algum tempo, de regulamentação, de reestruturação. A gente chegou agora, conseguiu finalizar isso e vamos apresentar hoje aqui de uma forma oficial para gente discutir com a equipe econômica”, completou.
Na segunda-feira (13), Torres entregou ao ministro da Economia, Paulo Guedes, uma proposta de “restruturação das carreiras” policiais que, segundo ele, busca “ainda mais valorização das forças de segurança”.
Questionado se está previsto na proposta um aumento salarial aos policiais, Torres respondeu: “Toda a reestruturação ela prevê uma diminuição aqui, aumento ali. É uma reorganização das carreiras, então isso existe. São diferentes as diversas categorias, a PRF apresentou o projeto dela, a PF apresentou o dela”.
De acordo com o ministro, Guedes já estava ciente da intenção do governo federal de conceder um aumento às forças de segurança:
“Nós vamos conversar hoje à tarde. Ele já sabia disso. Havia essa previsão de a gente fazer isso no governo, não é segredo para ninguém. Então, assim, reagiu bem, e a gente vai conversar agora à tarde”.
Torres afirmou ainda não ter estimativas de impacto e valores: “Nada disso está fechado ainda. Tem que fazer a previsão orçamentária este ano para no ano que vem ser apresentada uma medida provisória”.
“Tudo depende dessa reunião, mas nós não vamos fazer nada em desacordo, nós não vamos fazer nada desalinhado com os outros ministérios, nós vamos alinhar e depois pedir”, disse.
R$ 2,8 bilhões deve ser o custo total para que as carreiras policiais e administrativas da PF, PRF e Depen sejam reestruturadas.