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A Polícia Federal (PF) concluiu nesta terça-feira (29) as investigações do inquérito que apurava suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na corporação. O inquérito em que Bolsonaro foi ouvido foi aberto pelo ex-ministro do STF Celso de Mello a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, em abril de 2020.
O relatório final não atribuiu crimes ao presidente e ao ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que deixou o cargo em abril de 2020 acusando Bolsonaro de tentar interferir na PF.
Moro era investigado por denunciação caluniosa e crimes contra a honra.
“Por todo o exposto, concluímos que, dentro dos limites da investigação traçados pelos Exmos. Ministros Relatores, no âmbito da esfera penal, não há nos autos elementos indiciários mínimos de existência de materialidade delitiva imputada ao Senhor Presidente da República JAIR MESSIAS BOLSONARO assim como também ao Senhor SÉRGIO FERNANDO MORO”, escreveu o delegado Leopoldo Soares Lacerda ao ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação no STF.
O documento cita a falta de “prova consistente” contra os investigados: “No decorrer dos quase dois anos de investigação, dezoito pessoas foram ouvidas, perícias foram realizadas, análises de dados e afastamentos de sigilos telemáticos implementados. Nenhuma prova consistente para a subsunção penal foi encontrada. Muito pelo contrário, todas testemunhas ouvidas foram assertivas em dizer que não receberam orientação ou qualquer pedido, mesmo que velado, para interferir ou influenciar investigações conduzidas na Polícia Federal”.