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O coordenador da Defesa Civil de Alagoas, coronel Moisés Melo, disse nesta sexta-feira (10), em entrevista à CNN Brasil, que o colapso da mina da Braskem em Maceió (AL) não pode ser evitado.
“Não existe tecnologia para mitigar a situação de Maceió. A mina vai eclodir a qualquer momento”, afirmou o coordenador da Defesa Civil alagoana.
De acordo com Melo, as ações de prevenção deveriam ter sido feitas no passado. “A mina está em evolução, em movimento acelerado, e se aproxima cada vez mais da superfície”.
As defesas civis estadual e municipal estão fazendo monitoramento 24h e o plano de contingência já está em vigência para atender a população de Maceió.
“Estamos passando orientações para a população. Os cidadãos podem manter a calma, não vai acontecer tsunami, terremoto ou abrir um buraco enorme na cidade”, afirmou o coordenador.
A mina está localizada 60% na lagoa Mundaú e 40% no continente, em uma área que já está isolada.
“A cratera pode atingir um raio de 150 metros e a população está afastada a 2km de distância. O dano ambiental é certo que vai acontecer, mas não teremos vidas tragadas”, informa a Defesa Civil de Alagoas.
Quando a mina eclodir, a cratera deve ser preenchida com as águas da lagoa Mundaú: “A caverna tem 120 metros de altura, 60 metros de diâmetro e um raio de 30 metros. Ela será preenchida com cerca de 400 a 500 mil metros cúbicos de água”.
De acordo com a Defesa Civil, os estudos mostram que a mina está subindo para a superfície e não deve atingir outras minas.
“Dará um abalo pequeno na lagoa, com um desvio de centímetros ou milímetros”, disse o coronel.