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A Arquidiocese de São Paulo manifestou “perplexidade” com a possibilidade de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de São Paulo com o padre Júlio Lancellotti como alvo.
Em nota publicada na quarta-feira (3), a instituição questionou os motivos da investigação contra o sacerdote, que é conhecido por seu trabalho com a população em situação de rua.
“Perguntamo-nos, por quais motivos se pretende promover uma CPI contra um sacerdote que trabalha com os pobres, justamente no início de um ano eleitoral?”, diz a nota.
“Padre Júlio não é parlamentar. Ele é o vigário episcopal da Arquidiocese de São Paulo para o ‘Povo da Rua’ e exerce o importante trabalho de coordenação, articulação e animação dos vários serviços pastorais voltados ao atendimento, acolhida e cuidado das pessoas em situação de rua na cidade”, destaca a nota da Arquidiocese.
A declaração surge em meio à possível abertura de uma CPI para investigar organizações que atuam no centro de São Paulo. O vereador Rubinho Nunes (União Brasil), autor do requerimento protocolado em dezembro do ano passado, afirma ter apoio suficiente para a instauração da comissão, prevista para fevereiro, no início do ano legislativo.