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O Brasil caiu para a 62ª posição no ranking de competitividade global de 2024, elaborado pelo Instituto Internacional de Desenvolvimento Gerencial (IMD). Este é o pior desempenho do país nos últimos anos, segundo o estudo que avaliou 67 países. Em comparação ao ano anterior, o Brasil piorou em itens como eficiência governamental e infraestrutura, enquanto manteve estabilidade em eficiência empresarial e alcançou sua melhor posição em performance econômica, ocupando o 38º lugar.
“O resultado deste último indicador pode ser explicado pelo crescimento da oferta de empregos e pela queda da inflação”, afirma o relatório do IMD.
Temas como subsídios governamentais, crescimento de longo prazo de emprego, crescimento do PIB real per capita, fluxo de investimento direto estrangeiro e energias renováveis foram destaques positivos para o Brasil na avaliação. No entanto, o país apresentou resultados desfavoráveis em áreas como educação em gestão, habilidades linguísticas, dívida corporativa, habilidades financeiras, educação básica e secundária, e educação universitária.
Hugo Tadeu, professor e diretor do Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral (FDC), líder da pesquisa no Brasil, ressalta que “a competitividade de uma economia não se resume ao PIB e à produtividade, visto que as empresas também têm que lidar com aspectos políticos, sociais e culturais”.
Desde 2020, o Brasil tem declinado no ranking do IMD, passando pelas posições 57, 59, 60 e, agora, 62.
No topo do ranking, Singapura conquistou a liderança, seguida pela Suíça, Dinamarca e Irlanda. Estes países se destacam por suas boas estruturas institucionais e pelo uso eficaz de acesso a mercados e parceiros comerciais.
A Suíça lidera em eficiência governamental e infraestrutura, enquanto a Dinamarca é destacada pela eficiência empresarial. Os Emirados Árabes Unidos são o único país do Oriente Médio entre os primeiros colocados, ocupando o 7º lugar.
Entre os países latino-americanos e africanos, que predominam nas últimas posições do ranking, a África do Sul e a Argentina se destacam. A África do Sul, apesar de ter uma economia em crescimento, enfrenta desafios significativos como altos níveis de pobreza e desemprego.
O ranking, que começou em 1989, avaliou 67 países este ano, incluindo novos participantes como Nigéria, Gana e Porto Rico, e serve como uma fonte importante para governos e empresas identificarem áreas estratégicas para melhoria da competitividade.
**Os dez países mais competitivos:**
1. Singapura
2. Suíça
3. Dinamarca
4. Irlanda
5. Hong Kong
6. Suécia
7. Emirados Árabes Unidos
8. Taiwan
9. Holanda
10. Noruega
**Os dez países menos competitivos:**
1. Bulgária
2. Eslováquia
3. África do Sul
4. Mongólia
5. Brasil
6. Peru
7. Nigéria
8. Gana
9. Argentina
10. Venezuela
Fonte: IMD/FDC
