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O preço do litro da gasolina pode aumentar em R$ 0,15 nos postos do país, conforme estimativa da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), após o reajuste anunciado pela Petrobras nas refinarias, após 11 meses sem aumento.
O valor para as distribuidoras subiu R$ 0,20 (7,12%) a partir desta terça-feira (9). O gás de cozinha também teve um reajuste de R$ 3,10 (9,81%), passando para R$ 3,01 o litro nas refinarias e R$ 34,70 o botijão de 13 kg para as distribuidoras.
O aumento para os consumidores de gasolina, que contém 27% de etanol, não é imediato e depende de cada posto de combustível. Segundo o último levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil), realizado na última semana de junho, o preço médio da gasolina nas bombas era de R$ 5,86. Com o aumento, deve chegar a R$ 6,01.
Os reajustes podem ter um impacto de alta entre 0,16 e 0,21 ponto percentual na inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), segundo estimativas.
Este é o primeiro reajuste do ano e da gestão da presidente da Petrobras, Magda Chambriard. Ainda assim, o combustível acumula alta de 7,14% nos últimos 12 meses, segundo o IPCA de maio. Já o botijão de gás acumula queda de 4,94% no mesmo período.
Com o aumento global do preço do petróleo e a recente alta do dólar, a defasagem de preços aumentou. Para Sérgio Araújo, presidente da Abicom, o reajuste anunciado para a gasolina não será suficiente para eliminar a diferença com os valores internacionais. “Abrimos o dia hoje (segunda-feira, 8) com grandes defasagens nos preços praticados pela Petrobras, na gasolina e também no diesel. Na gasolina a defasagem média foi de R$ 0,59/litro (18%) e no diesel foi de R$ 0,60/litro (15%). Assim, é esperado que a Petrobras anuncie reajuste também para o diesel”, avaliou Araújo.
O último reajuste da gasolina ocorreu em outubro de 2023, com uma redução nos preços. O último aumento tinha sido em agosto do ano passado. No caso do gás de cozinha, a última alta foi em março de 2022.
Em maio de 2023, a Petrobras anunciou uma nova estratégia comercial para a variação de preços do diesel e da gasolina, abandonando a paridade internacional como base principal para os reajustes, política vigente desde 2016. A empresa afirmou que passaria a aplicar premissas que buscam um “equilíbrio” entre os mercados nacional e internacional, priorizando o “custo alternativo do cliente” e um valor marginal para a Petrobras. Desde a implementação dessa nova estratégia, a Petrobras reduziu os preços de venda para as distribuidoras em R$ 0,17 por litro.
Para analistas, o ajuste desta semana “reafirma o compromisso da Petrobras em executar a estratégia comercial evitando repassar a volatilidade ao consumidor”.
Para ajudar a economizar combustível, a Zapay, fintech voltada para proprietários de veículos, sugere:
1) Manter o veículo em boas condições, verificando regularmente o nível do óleo, pressão dos pneus, freios e níveis de fluido da transmissão, e substituindo os filtros de ar e combustível regularmente.
2) Manter uma velocidade constante, evitando acelerações e frenagens bruscas.
3) Evitar excesso de peso no carro.
4) Desligar o motor se precisar parar por mais de alguns minutos.
5) Planejar a rota, escolhendo caminhos com menos trânsito e semáforos.
6) Anotar a quilometragem e calcular o consumo de combustível.