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O governo federal estima arrecadar R$ 17 bilhões com a venda de petróleo da União em um leilão realizado em São Paulo (SP) nesta quarta-feira (31). A projeção é baseada na venda da produção de 2025, considerando o preço futuro do petróleo e a taxa de câmbio.
No leilão, foram comercializados 37,5 milhões de barris de petróleo dos campos de Mero e Búzios, no pré-sal. A venda foi dividida em quatro lotes: o Lote 1, com 12 milhões de barris, foi arrematado pela Petrobras; o Lote 2, também com 12 milhões de barris, ficou com a estatal chinesa CNOOC; o Lote 3, contendo 11 milhões de barris, foi adquirido pela PetroChina; e o Lote 4, com 2,5 milhões de barris, novamente pela Petrobras.
A arrecadação superou as expectativas do governo, que previa R$ 15 bilhões. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que o leilão teve a maior concorrência da história da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), além de ser a maior arrecadação futura e o maior valor pago pelo petróleo da União.
O modelo de leilão adotado premiou as empresas que ofereceram o menor desconto em relação ao preço do barril de petróleo tipo Brent, referência internacional. O contrato coloca a União como parte do consórcio explorador, recebendo uma parcela do petróleo e gás natural produzidos, administrados pela PPSA.
Os recursos obtidos com o leilão serão destinados ao Fundo Social do Pré-sal, vinculado à Presidência da República, que financia programas de combate à pobreza e desenvolvimento em áreas como educação, esporte e cultura.
O ministro Silveira também mencionou que está em diálogo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para que parte da receita seja utilizada na redução da conta de luz e no financiamento da transição energética, através da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).