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O governo federal ampliou a lista de modalidades de apostas online e autorizou, pela primeira vez, apostas em eSports de tiro, como Counter Strike e Valorant. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União na semana passada e já está em vigor.
A liberação acende um alerta entre especialistas e famílias, principalmente em relação ao público adolescente. Embora a legislação brasileira proíba apostas para menores de 18 anos, um estudo solicitado pelo Ministério da Justiça revelou que 55% dos jovens entre 14 e 17 anos já apresentam algum grau de risco ou transtorno relacionado ao comportamento de apostas. Segundo especialistas, o vício em jogos de aposta apresenta características semelhantes às de dependências químicas, como impulsividade, compulsão e sintomas de abstinência.
Antes da atualização das regras, apenas eSports reconhecidos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) estavam autorizados para apostas, como xadrez, ciclismo, beisebol, dança esportiva, esportes a motor, tiro e tênis. Jogos eletrônicos de tiro, populares entre o público jovem, ficavam de fora.
Com a nova portaria do Ministério do Esporte, passam a ser permitidas apostas em torneios de eSports que tenham “autorização ou licença do desenvolvedor” ou do “titular dos direitos de propriedade intelectual dos jogos”. A regulamentação também expandiu as modalidades de apostas para esportes menos tradicionais no Brasil, como hurling, brandy, futebol gaélico e futebol australiano.
O impacto financeiro do setor é expressivo: de acordo com dados do Banco Central, os brasileiros movimentam cerca de R$ 30 bilhões por mês em apostas online, evidenciando o alcance e a força desse mercado no país.
