Na manhã desta quarta-feira (1º), equipes da Polícia Civil cumpriram mandados de busca e apreensão em dois endereços ligados ao caso ‘Marmitagate’ em Blumenau e Pomerode, no Vale do Itajaí.
As investigações são comandadas pela 4ª Decor (Delegacia Especializada em Combate à Corrupção) de Blumenau.
Imagens divulgadas pela Polícia Civil mostram os agentes em frente à casa onde mora a família da jovem de Blumenau envolvida no caso, no bairro Água Verde.
Outra equipe também esteve em um restaurante na cidade de Pomerode, às margens da SC-421, ligado à suspeita.
Celulares e computadores foram apreendidos duarnte a operação e serão periciados.
Após análise, a Polícia Civil de SC encaminhará os autos ao Ministério Público, que dará andamento na denúncia sobre o caso.
Ainda na operação, foi cumprido um mandado de sequestro de um carro dos suspeitos. A Polícia Civil trabalha para apurar se o veículo foi comprado com valores arrecadados pelo projeto “Alimentando Necessidades”.
Segundo o delegado André Beckman, não houve a coleta de depoimentos durante a ação nesta quarta-feira (1º), mas somente a apreensão dos materiais, nos termos das ordens judiciais que tiveram aval do MP.
RELEMBRE O CASO
O caso do projeto beneficente que visava a distribuição de marmitas continua em investigação pela Polícia Civil de Blumenau.
A suspeita de golpe no projeto “Alimentando Necessidades” viralizou nas redes sociais em setembro de 2022.
A jovem de 20 anos, responsável pelo perfil que arrecadava doações em dinheiro para alimentar moradores de rua, prestou depoimento sobre o caso na época dos fatos e apresentou extratos bancários. Ela alegou que o projeto de fato existia.
O ‘Marmitagate’ começou no dia 18 de setembro, quando um grupo anônimo e autônomo, especializado em pesquisas de dados públicos na internet, expôs uma série de informações que levantaram suspeitas em relação à atuação do projeto “Alimentando Necessidades” em Blumenau e região.
O grupo apontou várias falhas nas histórias contadas, principalmente pelo perfil de Taynara Motta, que dizia ser coordenadora do projeto.
O perfil dela começou a atrair olhares na internet quando publicou um relato de um suposto estupro.
A história foi contada no Twitter, mas o que chamou a atenção dos usuários da rede social foi que ao final do relato, a jovem deixava dados bancários do projeto, a fim de angariar doações.
Após a repercussão do caso, o grupo percebeu que o perfil da moça não possuía nenhuma informação sobre ela. Eles também descobriram que a foto usada no perfil não era original, sendo encontrada facilmente no site Pinterest.
Mais de 10 boletins de ocorrência foram registrados contra o projeto desde que as informações foram expostas.
O inquérito sobre o ‘Marmitagate’ segue em andamento.