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O Brasil registrou 3.388 focos de incêndio nesta segunda-feira (09), de acordo com o sistema BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O Cerrado concentrou a maior parte das ocorrências, com 1.778 focos, representando 52,5% do total.
O estado de Goiás liderou em número de queimadas, com 574 focos registrados em 24 horas, seguido por Mato Grosso (471) e Pará (436). Entre 1º e 9 de setembro, o país acumulou 32.360 focos de incêndio.
Todos os seis biomas do Brasil registraram incidentes de fogo. A Amazônia teve o segundo maior número de focos, somando 1.208 ocorrências, o que corresponde a 35,7% do total.
Em agosto, o país enfrentou o pior cenário de queimadas dos últimos 14 anos, com 68.635 ocorrências, o quinto maior número da série histórica iniciada em 1998. O aumento foi de 144% em relação ao mesmo período de 2023.
O Brasil atravessa uma seca histórica, considerada a pior em 44 anos, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI). A estiagem, típica do inverno brasileiro, começou em junho e vai até o final de setembro. No entanto, neste ano, a intensidade e antecipação da seca foram atípicas, com seis ondas de calor registradas, contra apenas quatro de frio.
Na Amazônia, a situação é particularmente grave, com municípios enfrentando cerca de um ano de estiagem, a mais longa já registrada. Três fatores principais contribuem para esse cenário: a intensidade do El Niño, o aquecimento anormal das águas do Atlântico Tropical Norte e as temperaturas globais recordes, que criam condições para ondas de calor mais intensas.