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Abu Mohammed al-Jolani, líder do grupo rebelde HTS, que desempenhou um papel central na queda do presidente sírio Bashar al-Assad, afirmou que os governos estrangeiros não deveriam temer os próximos acontecimentos na Síria, pois o país “não está pronto” para outra guerra.
Em entrevista a repórteres em Damasco, na terça-feira (10), al-Jolani destacou que o medo dos países estrangeiros era alimentado pela presença do regime de Assad, mas com sua queda, a situação mudou.
O líder rebelde afirmou que a Síria está agora em um processo de desenvolvimento e reconstrução, caminhando em direção à estabilidade.
Ele também afirmou que a população está exausta da guerra e que o país não tem a intenção de iniciar outro conflito. Segundo al-Jolani, o maior temor da população síria vinha das milícias iranianas, do Hezbollah e do regime de Assad, que, segundo ele, foi responsável pelos massacres que o país ainda enfrenta.
O regime de Assad foi deposto no dia 8 de dezembro, após 50 anos no poder, quando grupos rebeldes tomaram a capital, Damasco. O ditador Bashar al-Assad fugiu para Moscou, onde obteve asilo, conforme informações de fontes russas.
A guerra civil síria teve início durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Assad reprimiu um movimento pró-democracia. O conflito se intensificou com a formação de forças rebeldes, como o Exército Sírio Livre, que passou a combater as tropas do governo. Além disso, o Estado Islâmico se consolidou no território, chegando a controlar 70% da Síria.
A guerra se tornou ainda mais complexa com a intervenção de potências regionais e mundiais, incluindo Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos e Rússia, configurando o conflito como uma “guerra por procuração”, como afirmaram alguns analistas. A Rússia se aliou ao governo de Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para derrotar o grupo terrorista.
Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito entrou em uma fase de relativa calmaria, com pequenos confrontos entre os rebeldes e o regime. Segundo a ONU, mais de 300 mil civis morreram durante os mais de dez anos de guerra, e milhões de pessoas foram deslocadas dentro e fora do país.