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José Caruzzo Escafura, conhecido no submundo do crime como Piruinha, faleceu nesta quarta-feira (22), aos 94 anos, no Rio de Janeiro. O bicheiro, que foi uma das figuras mais emblemáticas do jogo do bicho na cidade, era o mais velho da antiga cúpula do contrabando no Rio e, até sua morte, exercia influência na região de Piedade, Abolição e Inhaúma, áreas em que começou a sua trajetória nos anos 1950, como motorista de lotação.
A morte foi confirmada por um dos filhos de Escafura à TV Globo, e, segundo amigos da família, o bicheiro havia sido levado a um hospital após passar mal, mas foi liberado e retornou à sua residência, onde veio a falecer. A causa exata de sua morte ainda não foi divulgada.
Piruinha ficou marcado na história do jogo do bicho no Rio de Janeiro. Desde a década de 1970, ele dominava as regiões de Madureira, Cascadura, Abolição, Piedade, Inhaúma e Maria da Graça, consolidando seu poder no ramo da contravenção. Ele foi um dos 14 banqueiros de bicho presos e condenados pela juíza Denise Frossard, em 1993, por formação de quadrilha. Porém, após modificações no julgamento, a pena foi reduzida, e os bicheiros logo recuperaram a liberdade.
Ao longo de sua vida, Piruinha teve uma trajetória marcada por processos judiciais. Em 2023, foi absolvido da acusação de ser o mandante da morte do comerciante de carros Natalino José do Nascimento Espínola, após ter sido preso por dois anos e cumprir prisão domiciliar. Em 2023, ele foi internado por complicações de saúde, sofrendo de pancreatite.
Nos últimos anos, Piruinha também esteve no centro das atenções da mídia, participando da série “Vale o que está escrito”, do Globoplay, que retratou os bastidores do jogo do bicho no Rio de Janeiro. Na série, ele expressava orgulho de sua trajetória como contraventor, e também de sua vida pessoal, destacando seu papel como mulherengo e pai de 19 filhos.
