Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) estavam entre os integrantes mais favoráveis à ideia de um suposto golpe, conforme relatos do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. A informação foi revelada inicialmente pelo jornalista Elio Gaspari nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo, neste domingo (26).
Segundo o jornalista, a delação descreve três grupos de conselheiros ao redor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O grupo considerado mais radical, além de Michelle e Eduardo, era composto por figuras como Onix Lorenzoni, Jorge Seiff, Gilson Machado, Magno Malta, e o General Mario Fernandes.
Cid explicou à Polícia Federal (PF) que Bolsonaro se viu cercado por conselheiros de três perfis distintos: radicais, conservadores e moderados. O grupo ‘moderado’ era formado por generais da ativa contrários à ideia de um suposto golpe. Entre eles, estavam o Comandante do Exército, general Freire Gomes, e o então ministro da Defesa, general Paulo Sérgio.
O acordo de delação de Mauro Cid foi estabelecido com a Polícia Federal e homologado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 9 de setembro. Ele implica Bolsonaro como mandante em supostos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
Cid também confirmou em sua delação a existência do chamado ‘gabinete do ódio’, uma estrutura dentro do governo utilizada para gerar conteúdo, parte do qual era destinado a ataques contra instituições democráticas como o STF.
Outro ponto abordado por Cid refere-se à venda de um relógio Rolex e outras joias valiosas dadas como presentes oficiais pela Arábia Saudita. Segundo Cid, ele recebeu ordens diretas de Bolsonaro para determinar o valor e vender os itens, com o intuito de obter dinheiro em espécie, evitando, assim, a chance de rastreamento dos valores.
