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Yapê Rê Anambé Guajajara, de 17 anos, morreu após um parto induzido no Hospital Materno-Infantil de Marabá (HMI), no sudeste do Pará. Natural de Itupiranga, a jovem estava na 41ª semana da primeira gestação quando foi internada para o procedimento. No dia 17 de junho, os médicos decidiram induzir o parto, mas, após o nascimento do bebê, Yapê sofreu duas paradas cardíacas provocadas por um quadro de eclâmpsia, e não resistiu.
A Defensoria Pública do Estado do Pará investiga denúncias de violência obstétrica no hospital, relatadas por pacientes e familiares. Parentes de Yapê criticaram a demora da equipe médica em definir o tipo de parto adequado para a jovem, que apresentava sinais de mal-estar.
Em nota, a Prefeitura de Marabá informou que a paciente chegou ao hospital sem trabalho de parto, apresentando hipertensão arterial leve, sem contrações e com o bebê em boas condições. No entanto, após o parto, a situação de saúde da jovem piorou rapidamente, evoluindo para eclâmpsia, hemorragia pós-parto e paradas cardiorrespiratórias.
A administração municipal disse ter prestado assistência à família e relatado o ocorrido. A família, por sua vez, denunciou que o Instituto Médico Legal (IML) não realizou exame interno no corpo da jovem. Dados da Defensoria Pública apontam que, entre 2015 e 2024, foram registrados 61 casos de violência obstétrica e neonatal no Hospital Materno-Infantil de Marabá, além de frequentes denúncias de negligência.
A Polícia Civil está investigando a morte de Yapê, com perícias em andamento e depoimentos de testemunhas sendo colhidos.
