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Novas descobertas sobre os segredos da evolução do tomate e da batata
Cientistas desvendaram os segredos da impressionante diversidade de cores e tamanhos dos frutos das plantas Solanum, um grupo da família das nightshades que inclui tomate, batata, berinjela e muitas outras. Através de uma análise genética detalhada, a equipe internacional, liderada por pesquisadores da Penn State, construiu a árvore genealógica mais completa do gênero até hoje.
A pesquisa revelou que a cor e o tamanho dos frutos evoluíram juntos, desafiando a ideia anterior de que animais frugívoros eram os principais responsáveis por essa diversificação. O estudo também indica que a história evolutiva das plantas desempenhou um papel crucial nesse processo.
Desvendando os mistérios da evolução
A análise genética detalhada de 1.786 genes de 247 espécies de Solanum permitiu aos pesquisadores reconstruir a árvore genealógica do gênero com alta precisão. Essa nova árvore genealógica revelou que a cor e o tamanho dos frutos se mantiveram relativamente estáveis ao longo da história evolutiva, com espécies intimamente relacionadas tendendo a ter frutos semelhantes.
Evolução conjunta: cor e tamanho
Um dos resultados mais intrigantes da pesquisa é a correlação entre a cor e o tamanho dos frutos. As mudanças em uma característica frequentemente correspondiam a mudanças na outra, resultando em frutos de cores específicas sendo maiores que outros. Essa correlação sugere que mecanismos fisiológicos e moleculares podem ter um papel importante na ligação entre a evolução da cor e do tamanho dos frutos.
Novos horizontes para o melhoramento de culturas
As descobertas da pesquisa podem ter um impacto significativo no desenvolvimento de novas variedades de tomate, batata e outras culturas do gênero Solanum. Ao entender melhor a relação entre a genética e as características dos frutos, os cientistas podem criar culturas com características desejáveis, como maior resistência a pragas ou frutos com maior valor nutritivo.
Origens e linha do tempo da diversificação
A pesquisa também esclareceu a origem e a linha do tempo da diversificação do gênero Solanum, datando sua origem para cerca de 53,1 milhões de anos atrás. Essa nova datação é 30 milhões de anos mais antiga do que as estimativas anteriores e abre novas perspectivas para o estudo das condições ambientais que moldaram a diversificação do grupo.
Frugívoros e a diversificação
Os pesquisadores também exploraram o papel dos frugívoros na diversificação do gênero Solanum. Eles sugerem que os morcegos podem ter desempenhado um papel importante na diversificação dos frutos verdes e amarelos, dada sua linha do tempo evolutiva semelhante e seu papel como dispersores de sementes nessas espécies.
Próximos passos
A equipe de pesquisa planeja explorar as interações modernas entre animais e frutos Solanum para entender melhor a coevolução dos dois grupos. Eles também pretendem investigar a evolução de genes específicos que influenciam a cor e o tamanho dos frutos.
Conclusão
A pesquisa inovadora da equipe da Penn State oferece uma visão profunda da evolução das plantas Solanum e abre novas portas para o desenvolvimento de culturas mais resilientes e nutritivas. As descobertas da pesquisa também destacam a importância de considerar a história evolutiva das plantas ao estudar a diversificação de frutos.
