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A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, na terça-feira (27), um convite para que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, preste esclarecimentos sobre o recente aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado na semana passada. O requerimento foi apresentado pelo senador Izalci Lucas (PL-DF), e ainda não há data definida para a ida do ministro à comissão.
Paralelamente, Haddad deve ser ouvido pelos deputados no dia 11 de junho, em uma audiência conjunta das comissões de Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. Essa reunião, no entanto, já estava agendada antes do anúncio do aumento do IOF.
A medida foi divulgada pelo governo na última quinta-feira (22) e previa a elevação de alíquotas de IOF em operações de crédito para empresas, remessas para o exterior, compra de moeda estrangeira e uso de cartões internacionais. O objetivo era arrecadar cerca de R$ 20 bilhões em 2025, com expectativa de dobrar essa cifra no ano seguinte.
Um dos pontos mais polêmicos do decreto foi a criação de uma alíquota de 3,5% sobre remessas de recursos para investimentos internacionais, especialmente fundos no exterior — prática comum entre investidores para diversificação de carteira. A reação negativa do mercado levou o Ministério da Fazenda a recuar nesse trecho específico, mantendo a isenção dessas operações.
A decisão do governo gerou desconforto até mesmo dentro do Palácio do Planalto. Integrantes da equipe presidencial reclamaram de terem sido informados do conteúdo do decreto com pouca antecedência e sem a devida avaliação do impacto econômico e político da medida.
