Neste domingo (7), a Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva do cônsul da Alemanha Uwe Herbert Hahn. Ele foi preso em flagrante ontem (6), suspeito de matar o companheiro, o belga Walter Henri Maximilen Biot.
Biot, companheiro do diplomata foi encontrado morto na noite da última sexta-feira (5), no apartamento onde os dois moravam em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro.
A defesa do Cônsul da Alemanha pediu o relaxamento da prisão, alegando que ele possui imunidade consular. No entanto, o juiz Rafael de Almeida Rezende entendeu que o benefício não se aplica ao caso, por se tratar de um episódio fora do ambiente consular e sem qualquer relação com as funções exercidas por Uwe Hahn.
O juiz levou em consideração a existência de diversas lesões no corpo da vítima, uma delas compatível com pisadura e outra com emprego de instrumento cilíndrico (como um bastão) e a constatação de manchas de sangue no quarto do casal e no banheiro.
“Conforme bem destacado pela autoridade policial, a comprovação da existência do crime de autoria podem ser extraídos do laudo de exame de necropsia, que atestou a existência de indícios de diversas lesões no corpo da vítima , decorrentes de ação contundente, sendo uma delas compatível com pisadura e a outra com o emprego de instrumento cilíndrico (supostamente um bastão de madeira), bem como da perícia de local, que detectou espargimento de sangue no imóvel, notadamente no quarto do casal e no banheiro, compatíveis com a dinâmica de morte violenta”, afirma o juiz.