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O líder russo Vladimir Putin aprovou no domingo (01) um orçamento recorde para 2025, com destaque para os gastos com Defesa, que totalizam 13,5 trilhões de rublos (aproximadamente R$ 755 bilhões). Este montante representa quase um terço do total de gastos previstos para o próximo ano.
A decisão ocorre no momento em que Moscou se prepara para o terceiro ano da guerra na Ucrânia, mantendo o foco no setor militar sem sinais de desescalada.
Em relação ao ano anterior, o valor destinado à Defesa supera em mais de três trilhões de rublos a previsão de 2024, aumentando também sua participação no orçamento total, de 28,3% para 32,5%.
Nas semanas que antecederam a aprovação do orçamento, a Rússia intensificou suas operações militares, com destaque para ações aéreas, como o disparo de centenas de mísseis e drones. O presidente russo justificou esses ataques como retaliação ao uso de armas ocidentais de longo alcance contra o solo russo, incluindo o novo míssil Oreshnik, de capacidade nuclear. Em um desses ataques, Kiev foi atingida por 110 drones russos durante a noite e a madrugada de segunda-feira. O ataque deixou uma pessoa morta e três feridas em Ternopil, cidade situada a 350 km da capital ucraniana.
No final do mês passado, após um disparo do míssil Oreshnik contra a região de Dnipro, Putin anunciou a intenção de investir na produção em série do armamento e, em uma declaração recente, afirmou que poderia usá-lo para atacar “centros de tomada de decisão” na Ucrânia.
Apesar do aumento significativo para 2025, o orçamento para os próximos três anos, aprovado pelo Parlamento e sancionado por Putin, prevê pequenas reduções para 2026 e 2027, algo que não ocorreu nos dois primeiros anos da guerra, quando os gastos militares só aumentaram.
Com a guerra afetando todos os aspectos da vida russa, Moscou tem buscado novos aliados para compensar os embargos impostos pelo Ocidente. A China tem sido um apoio econômico crucial, enquanto o Irã e a Coreia do Norte estreitaram seus laços com o Kremlin, principalmente no setor bélico.
Enquanto isso, a Ucrânia tem visto sua capacidade militar crescer significativamente com o apoio massivo de países da Otan, que fornecem armas e recursos para combater o avanço russo. A ajuda ocidental tem sido amplamente criticada por Moscou, que alega que o Ocidente já é parte direta do conflito, mas isso não foi suficiente para interromper o fluxo de assistência.
Nesta segunda-feira, o chanceler alemão Olaf Scholz fez uma visita surpresa a Kiev e anunciou o envio de uma nova ajuda militar no valor de US$ 683 milhões (aproximadamente R$ 4,1 bilhões). Scholz reiterou o compromisso da Alemanha em continuar como o principal apoio europeu à Ucrânia, enquanto se prepara para sua campanha de reeleição.
