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O Brics divulgou na quinta-feira (13) uma nota oficial reforçando seu compromisso com a cooperação do Sul global e uma governança mais inclusiva e sustentável. A declaração ocorre em meio à ofensiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o bloco. A presidência do Brasil no Brics se comprometeu a desenvolver uma plataforma que permita aos países-membros usarem suas próprias moedas no comércio entre eles, o que poderia reduzir a dependência do dólar no comércio internacional.
“De forma a cumprir o mandato estabelecido pelos líderes do Brics na Cúpula de Johanesburgo em 2023, a presidência do Brasil dará continuidade aos esforços de cooperação para desenvolver instrumentos de pagamento locais que facilitem o comércio e o investimento, aproveitando sistemas de pagamento mais acessíveis, transparentes, seguros e inclusivos”, diz o documento.
Na mesma quinta-feira (13), antes de se reunir com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que faz parte do Brics, o presidente Trump afirmou que o bloco estaria “morto” se os países-membros substituíssem o dólar. Trump ameaçou taxar em 100% as importações dos países que abandonarem a moeda americana.
Por outro lado, o documento da presidência brasileira do Brics critica o unilateralismo e o extremismo que ameaçam a estabilidade global e aprofundam as desigualdades. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou o potencial do Brics como um espaço para construção de soluções diplomáticas e reformas na governança global.
O Brics reúne 10 integrantes plenos: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos, Indonésia e Irã. A ampliação do bloco reflete seu crescente protagonismo na economia global e o interesse comum em diversificar os mecanismos de comércio internacional.
Na quinta-feira (13), Trump voltou a ameaçar o bloco, afirmando que os Brics foram criados com um propósito ruim e que aplicaria uma tarifa de 100% sobre os países que brincarem com o dólar. Ele sugeriu que esses países implorariam para que ele voltasse atrás porque o bloco “morreria”.
O presidente Lula, na semana passada, defendeu o direito do Brics de buscar alternativas ao dólar como moeda de referência para transações financeiras, mesmo diante das ameaças de Trump. Desde que assumiu o poder, em 20 de janeiro, Trump tem usado tarifas como ferramenta de pressão para obter concessões em comércio, migração e segurança, com a expectativa de forçar negociações diretas com Washington. Na quinta-feira (13), Trump impôs “tarifas recíprocas” aos países que taxam produtos americanos, com a União Europeia entre os principais alvos.
