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O presidente Donald Trump anunciará esta quarta-feira uma nova rodada de taxas dirigidas a automóveis, segundo informou Karoline Leavitt, secretária de Imprensa da Casa Branca.
Os novos detalhes serão revelados pelo mandatário americano durante uma conferência realizada no Salão Oval às 16:00 horas, horário do leste, confirmou Leavitt.
Diante dos jornalistas, Leavitt não revelou nenhum detalhe extra sobre as taxas, como a data exata em que entrarão em vigor ou a taxa que será imposta.
Novas taxas serão anunciadas por Trump
Este anúncio ocorreu após um funcionário da Casa Branca confirmar à CNBC que as importações automotivas seriam impostas hoje.
“Lo anunciaremos bastante em breve, nos próximos dias, provavelmente, e depois, quando chegar o 2 de abril, haverá taxas recíprocas”, afirmou durante uma reunião do Gabinete, citada pelo meio norte-americano.
Desde segunda-feira, Trump havia insinuado que essas imposições econômicas chegariam antes do previsto, ou seja, no 2 de abril, data em que se tem previsto que ele coloque em prática seu plano de “taxas recíprocas”.
Após o anúncio de que Trump revelará essas novas taxas voltadas às importações do setor automotivo durante uma coletiva de imprensa marcada para as 16:00 horas, horário local, a CNBC reportou a queda das ações de empresas como General Motors e Ford, que tiveram uma queda superior a 1% cada uma.
A Stellantis, por sua vez, apresentou uma queda superior a 2% em suas ações, segundo o meio de comunicação.
A Reuters informou que o presidente Trump poderia usar uma investigação comercial realizada durante seu primeiro mandato para justificar essas novas taxas.
Um executivo de um dos fabricantes que poderiam ser afetados por essas medidas apontou, durante um diálogo com a CNN, que “todos” esperavam que o 2 de abril “fosse o nosso dia”, mas acrescentou que “se algo nos ensinou a administração Trump, é que as coisas são inesperadas”.
O impacto econômico que essas taxas podem representar pode se traduzir em milhares de dólares, de acordo com especialistas da indústria automotiva ouvidos pela CNN, uma vez que não existem veículos completamente fabricados nos Estados Unidos, já que dependem de peças do México e do Canadá.
Uma medida que poderia afetar grandemente a indústria automotiva
Uma análise do Anderson Economic Group, citada pelo meio, aponta que o custo de produção de veículos fabricados nas plantas dos Estados Unidos terá um aumento entre 3.500 e 12.000 dólares por peça.
Como exemplo, a CNN usa o Ford F-150, considerado o mais popular nos Estados Unidos durante quatro décadas. Este veículo possui a maior quantidade de componentes nacionais que qualquer outro modelo fabricado pelas três grandes montadoras tradicionais.
“Sim, é o caminhão dos Estados Unidos, montado nos EUA, mas não com peças americanas”, acrescentou Ivan Drury, diretor de análise da Edmunds, durante uma entrevista à CNN.
Enquanto isso, outro executivo da indústria automotiva que revelou detalhes durante sua conversa com a rede explicou que uma das perdas causadas pelas taxas “tende a ser a falta de variedade de produtos”.
Alguns modelos, que —segundo a CNN— muitos compradores não sabem que são importados, como certas caminhonetes Ram, fabricadas em uma planta da Stellantis em Saltillo, México, podem ter aumentos em seu preço.
A CNN afirma que algumas versões da Chevrolet Silverado são fabricadas no México.
Essas taxas podem trazer grandes consequências à indústria a nível global, pois aumentariam o custo de um automóvel em milhares de dólares, afetando as vendas de veículos novos e causando também perda de empregos, segundo informou a Reuters.
Somente em 2024, os EUA importaram produtos da indústria automotiva por 474 bilhões de dólares, incluindo automóveis de passageiros por um total de 220 bilhões de dólares, sendo o México, Japão, Coreia do Sul, Canadá e Alemanha os principais fornecedores, de acordo com a agência de notícias.