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Em uma prévia de entrevista concedida à televisão estatal da Rússia, divulgada neste domingo (4) por meio do Telegram, o presidente russo Vladimir Putin declarou que, até o momento, não vê necessidade de utilizar armas nucleares na guerra contra a Ucrânia, mas ressaltou que dispõe de recursos para isso e que uma escalada desse tipo seria uma “conclusão lógica”.
“Temos força e meios suficientes para levar o que foi iniciado em 2022 a uma conclusão lógica com o resultado que a Rússia exige”, afirmou Putin, referindo-se à invasão russa à Ucrânia, que completa três anos em 2025.
A fala de Putin ocorre em meio à crescente preocupação da comunidade internacional com a possibilidade de uso de armamento nuclear por Moscou. Em novembro do ano passado, o presidente russo assinou uma versão reformulada da Doutrina Nuclear da Rússia, que flexibilizou as condições para o uso do arsenal atômico do país.
O documento oficial, intitulado Princípios Básicos da Política Estatal sobre Dissuasão Nuclear, originalmente criado em 2020, passou a permitir respostas nucleares até mesmo diante de ataques convencionais, ampliando os poderes do chefe do Kremlin.
Na mesma semana, Putin anunciou um cessar-fogo unilateral de 72 horas na Ucrânia para marcar o Dia da Vitória, comemorado em 9 de maio, em alusão à derrota da Alemanha nazista em 1945. A trégua — que, segundo o Kremlin, tem “motivos humanitários” — estará em vigor entre 8 e 10 de maio.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, reagiu ao anúncio reiterando os apelos por uma pausa mais longa nos combates. Ele defende uma trégua de 30 dias, proposta originalmente pelos Estados Unidos, como um possível passo rumo ao fim da guerra.
O conflito iniciado com a invasão russa em fevereiro de 2022 já deixou milhares de mortos, destruiu cidades e provocou uma das maiores crises humanitárias da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
