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O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) confirmou nesta terça-feira (3) a execução de uma nova operação encoberta contra a Ponte da Crimeia, infraestrutura crítica que conecta a península anexada ao território continental da Rússia. De acordo com o comunicado oficial, a ação consistiu na detonação subaquática de mais de uma tonelada de explosivos colocados estrategicamente nos pilares da ponte, causando “graves danos” em sua base.
“A circulação por estrada na ponte da Crimeia foi suspensa provisoriamente”, indicou o centro de informação sobre tráfego rodoviário, citado por agências russas.
O ataque, efetuado às 4h44 (horário local), não deixou vítimas civis, segundo o SBU. As autoridades ucranianas compartilharam imagens da explosão e ressaltaram que a operação foi planejada durante vários meses. O chefe do serviço, tenente-general Vasyl Maliuk, supervisionou pessoalmente a execução.
“O ponte da Crimeia é um objetivo absolutamente legítimo”, declarou Maliuk, lembrando que esta é a terceira vez que a Ucrânia ataca a estrutura desde o início da invasão russa em larga escala em fevereiro de 2022. A península é considerada por Kiev como território ilegalmente ocupado, e a ponte, uma artéria logística fundamental para as forças russas no sul da Ucrânia.
“Operação Teia de Aranha” e ataques aéreos russos
Este novo ataque ocorre apenas dois dias depois de o SBU ter executado a denominada “Operação Teia de Aranha”, na qual uma frota de drones atacou simultaneamente quatro bases aéreas russas em território profundo, desde a Sibéria até o Ártico. Segundo fontes ucranianas, mais de 40 aeronaves foram destruídas ou danificadas na operação, incluindo bombardeiros estratégicos Tu-95 e Tu-22, utilizados pela Rússia para lançar mísseis de longo alcance sobre cidades ucranianas.
O ataque de domingo foi o mais amplo e letal contra a aviação russa desde o início do conflito. A Ucrânia utilizou drones camuflados e contrabandeados dentro de caminhões que transportavam estruturas móveis de madeira. A operação, segundo funcionários do SBU, foi preparada por mais de um ano e meio e contou com a supervisão direta do presidente Volodymyr Zelensky.
O Ministério da Defesa russo confirmou os ataques em comunicado, admitindo danos em cinco instalações militares. Na base aérea de Belaya, na região de Irkutsk, foi relatado um incêndio após o impacto dos drones. Autoridades locais em Murmansk também informaram sobre ataques aéreos contra a base de Olenya. Vídeos fornecidos por fontes ucranianas mostraram vários bombardeiros em chamas.
Negociações em Istambul e escalada de hostilidades
Ambas as ofensivas ucranianas aconteceram às vésperas de uma nova rodada de negociações diretas entre Kiev e Moscou, previstas para esta segunda-feira em Istambul. A intensificação das hostilidades por parte de ambos os lados sugere uma tentativa de reposicionamento estratégico antes dos diálogos.
Zelensky condicionou o avanço das conversas a um cessar-fogo “completo e incondicional” e ao retorno de prisioneiros e menores deportados. Enquanto isso, o Ministério da Defesa russo anunciou a captura da cidade de Oleksiivka, na região ucraniana de Sumy, o que levou a evacuações forçadas em 11 localidades.
Em resposta aos ataques ucranianos, Moscou lançou uma ofensiva aérea em larga escala, com 472 drones e sete mísseis durante a noite de domingo, de acordo com as forças armadas ucranianas. Um bombardeio contra uma unidade de treinamento deixou pelo menos 12 soldados mortos e 60 feridos, o que resultou na renúncia do comandante
