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As autoridades de Minnesota estão em busca de Vance Luther Boelter, ex-assessor nomeado por dois governadores democratas, suspeito de assassinar a ex-presidente da Câmara dos Deputados estadual, Melissa Hortman, e seu marido, Mark Hortman, além de balear o senador estadual John Hoffman e sua esposa. Os ataques ocorreram na madrugada de sábado (14), em duas cidades próximas a Minneapolis.
Segundo fontes policiais ouvidas pelo New York Post, Boelter teria se passado por policial ao se aproximar da casa dos Hoffman, em Champlin. O casal foi baleado e levado em estado grave para cirurgia, mas sobreviveu. Em seguida, o suspeito foi até a residência dos Hortman, em Brooklyn Park, e assassinou o casal. Melissa morreu no local, e Mark não resistiu às tentativas de reanimação. Até o cão da família, um golden retriever chamado Gilbert, foi atingido por tiros — não há confirmação se o animal sobreviveu.
O suspeito conseguiu fugir mesmo após trocar tiros com a polícia, que chegou a cercá-lo dentro da casa dos Hortman. Segundo o chefe de polícia Mark Bruley, Boelter estava vestido com uniforme falso de policial, portando colete, crachá e até uma arma de choque (taser), com aparência semelhante à usada por agentes reais.
Dentro da casa, Boelter deixou um manifesto com os nomes de 70 políticos, incluindo o governador Tim Walz e sua vice, Peggy Flanagan, além de documentos com a frase “No Kings” — referência aos protestos nacionais contra Donald Trump. Também estariam listadas clínicas e profissionais ligados ao aborto, segundo a polícia, que investiga se o suspeito teria motivações extremistas pró-vida. Ambos os parlamentares atacados eram defensores da legalização do aborto.
Melissa Hortman, de 55 anos, foi uma das principais líderes democratas no Legislativo estadual. Atuava desde 2004 como deputada, presidiu a Câmara entre 2019 e fevereiro deste ano e foi uma voz ativa em pautas progressistas, como os direitos reprodutivos e da população trans.
Boelter, de 57 anos, foi indicado por dois governadores democratas para conselhos estaduais relacionados ao desenvolvimento da força de trabalho. No entanto, registros mostram que ele votou como republicano em 2022. Ele e a esposa administravam um serviço de segurança privada que oferecia patrulhamento armado por assinatura.
As autoridades consideram os ataques como “politicamente motivados” e alertaram a população local a não participar de protestos marcados para o fim de semana, por segurança. O senador John Hoffman, uma das vítimas, havia votado contra uma medida polêmica que retirava acesso à saúde pública para imigrantes em situação irregular. Já Melissa Hortman havia sido a única democrata a votar a favor da medida, sendo criticada duramente dentro de seu próprio partido.
A polícia de Brooklyn Park emitiu um alerta de abrigo imediato para moradores num raio de três milhas em torno do campo de golfe Edinburgh, perto da casa de Melissa. O suspeito é descrito como um homem branco, com cabelo castanho, vestindo colete preto sobre camisa e calça azul, e pode tentar se passar por policial.
A senadora federal Amy Klobuchar lamentou o assassinato de Hortman: “Ela foi uma verdadeira servidora pública, dedicada com integridade e compaixão ao povo de Minnesota”.
