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Os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), vinculada à ONU, deixaram o Irã nesta sexta-feira (4), após o país suspender oficialmente sua cooperação com o órgão. A informação foi confirmada pela própria agência, que voltou a pedir a retomada urgente do “monitoramento indispensável” das atividades nucleares iranianas.
A decisão do Irã ocorre na esteira do confronto de 12 dias no mês passado entre Teerã e Israel, marcado por ataques israelenses e norte-americanos sem precedentes contra instalações nucleares iranianas, o que agravou as tensões com a AIEA.
“Uma equipe de inspetores da AIEA partiu hoje em segurança do Irã rumo à sede do organismo em Viena, após permanecer em Teerã durante o recente conflito militar”, afirmou a AIEA em publicação na rede social X.
O diretor-geral da agência, Rafael Grossi, destacou a urgência de restabelecer o diálogo com o Irã: “Reiteramos a importância crucial de discutir com o Irã as modalidades para retomar o quanto antes as indispensáveis atividades de monitoramento e verificação”.
A suspensão da cooperação foi aprovada por ampla maioria no Parlamento iraniano em 25 de junho, um dia após a entrada em vigor de um cessar-fogo. Segundo a imprensa local, a medida busca “garantir o pleno apoio aos direitos inerentes da República Islâmica do Irã” no âmbito do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), com foco especial no enriquecimento de urânio.
Os Estados Unidos condenaram a decisão. “Usaremos a palavra ‘inaceitável’ para descrever o fato de o Irã ter decidido suspender a cooperação com a AIEA justamente no momento em que tem uma janela de oportunidade para mudar de rumo e escolher um caminho de paz e prosperidade”, declarou a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce. “O Irã deve cooperar com a AIEA”, reforçou.
Israel anuncia plano para conter futuras ameaças do Irã
Enquanto isso, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou nesta sexta-feira que as Forças de Defesa do país (FDI) irão implementar um plano para impedir que o regime iraniano volte a representar uma ameaça direta.
“O Exército israelense preparará um plano de aplicação para garantir que o Irã não possa voltar a ameaçar Israel”, declarou Katz em comunicado.
Ele destacou que as FDI devem estar preparadas “no nível de inteligência e operacional” para assegurar que a Força Aérea israelense mantenha a superioridade aérea sobre Teerã.
As declarações foram feitas após uma avaliação conjunta de situação com o chefe do Estado-Maior das FDI, tenente-general Eyal Zamir. O oficial elogiou a operação militar “Leão Nascente”, conduzida no mês passado, como uma etapa decisiva na defesa israelense diante da ameaça iraniana.
Katz classificou a ofensiva como uma “façanha estratégica” que resultou em “notáveis sucessos na neutralização do programa nuclear do Irã e de seu sistema de produção de mísseis”, apontados por Israel como os principais riscos à sua segurança.