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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu nesta segunda-feira ao grupo terrorista Hamas que será “erradicado” caso descumpra o acordo de cessar-fogo em Gaza, mas descartou o envio de tropas americanas ao território palestino.
O mandatário republicano afirmou que a manutenção da trégua depende exclusivamente do comportamento da organização extremista e que há respaldo da comunidade internacional para intervir caso ocorram novas ações violentas.
Trump garantiu que o compromisso firmado prevê que o Hamas “vai se comportar, vai ser muito bom e vai ser gentil”. Reforçou que o grupo deve cumprir rigorosamente os termos do cessar-fogo.
“E se não o fizerem, vamos agir e vamos erradicá-los. Se for necessário, serão erradicados”, enfatizou o presidente, ao mesmo tempo em que reafirmou que os Estados Unidos não tolerarão um retorno à violência.
Na mesma linha, Trump deixou claro que não autorizará o deslocamento de forças americanas para a Faixa de Gaza.
“Não haveria soldados americanos em solo, de jeito nenhum”, afirmou. Detalhou que a estratégia prevê recorrer a países aliados para qualquer intervenção militar em Gaza.
“Posso pedir a esses países que intervenham e cuidem disso. Mas, por enquanto, não pedimos”, disse, e garantiu que Israel agiria imediatamente se fosse solicitada sua intervenção.
“Israel interviria em dois minutos se eu pedisse”, afirmou.
O mandatário explicou que sua administração já conseguiu o apoio de várias nações ao acordo de paz, com países dispostos a compor uma força internacional caso a violência volte.
“Há dezenas de países que concordaram em integrar uma força internacional de estabilização para Gaza e que ficariam felizes em intervir”, disse. Trump reafirmou que Israel é um dos principais atores capazes de responder com rapidez.
O presidente ressaltou ainda que a advertência a Hamas decorre também da perda de apoio internacional e regional — o que, em sua avaliação, coloca o grupo islamista em posição insustentável.
“O grupo militante já não conta com o apoio do Irã. Já não conta com o apoio de ninguém. Têm que se comportar, e se não o fizerem, serão erradicados”, reiterou Trump. A advertência ocorre num contexto em que o principal aliado regional do Hamas não está em condições de oferecer assistência, após uma série de ataques em seu território.
Na Faixa de Gaza, os bombardeios israelenses contra posições palestinas deixaram dezenas de mortos como reação a incidentes violentos no sul de Gaza, onde dois soldados israelenses morreram em um confronto próximo a Rafah. Após esse episódio, Israel comunicou que retomaria a aplicação do cessar-fogo, e Trump confirmou publicamente que a trégua segue em vigor.
O presidente insistiu que os Estados Unidos continuarão a usar pressão diplomática e o apoio internacional para sustentar o cessar-fogo e dar ao Hamas uma “pequena oportunidade” de mostrar mudança de postura.
“Vamos lhes dar uma pequena oportunidade, e com sorte haverá um pouco menos de violência”, afirmou.
O cessar de hostilidades permitiu a retirada parcial das tropas israelenses da área e o retorno gradual da atividade do Hamas, tanto no campo político quanto militar, em várias regiões de Gaza. A situação permanece tensa, com episódios esporádicos de violência e confrontos entre diferentes milícias locais.
Trump enfatizou que sua advertência é clara e que a opção militar permanece disponível, sempre sob liderança internacional.
(Com informações da AFP e EFE)
