O agora ex-candidato a vereador pelo PL em Pomerode, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, Wandercy Antonio Pugliesi, de 58 anos, foi expulso de seu partido por ter uma suástica na piscina de sua casa e por ser um simpatizante do regime nazista, ele é tão fã de Hitler que até o nome de seu filho é Adolf.
O homem está inscrito no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como Professor Wander e deu aula de História em escolas do Ensino Médio de SC durante vários anos.
O partido disse por meio de uma nota que decidiu expulsar o candidato “por não compactuar ideologicamente com o filiado”. Além disso, a sigla também destacou que possui uma “firme posição contra todo tipo de apologia à discriminação racial, religiosa e social”.
A suástica na piscina e outros atritos
Antes de sua expulsão, o canditado também já havia virado assunto nacional em dezembro de 2014, quando a polícia em um helicópetero, flagrou uma suástica – símbolo do nazismo – no fundo da piscina de sua propriedade na zona rural da cidade. Na época do caso, o órgão informou que o professor não seria enquadrado pelo fato dele não ter feito nenhum tipo de apologia publicamente.
Em 1994, Pugliese virou alvo da polícia por ter materiais relacionados ao nazismo, como livros, revistas, fotografias, gravuras do exército alemão, objetos com a suástica e uma camiseta estampada com a imagem de Adolf Hitler, líder do partido alemão.
De acordo com o portal R7, naquele ano, ele se declarou admirador da ideologia nazista, mas disse que todos os objetos faziam parte de uma coleção pessoal destinada a estudo. O político foi denunciado pelo crime de racismo, porém, a ação foi arquivada.
Ele chegou a pedir inclusive, que a polícia devolvesse os materiais, porém, em 2001, a Justiça Federal negou.
Em 30 de julho de 1995, o jornal Zero Hora, de Porto Alegre, colocou em sua capa uma reportagem com Wandercy, onde ele mostrava sua coleção e um pôster de Hitler. Na matéria ele foi enquadrado como um personagem da matéria foi considerado como um dos “neonazistas do fim do milênio”.
No ano anterior, em fevereiro de 1994, ele apareceu no Fantástico, da TV Globo, mostrando sua coleção.
Sua história também saiu em uma reportagem da revista Superinteressante, com diversos relatos, contando mais detalhadamente sua relação com a ideologia que, se defendida e propagada no Brasil atualmente, é passível de crime. Nela, consta que o postulante a vereador batizou seu filho de Adolf Roders Pugliesi.
Atualmente o rapaz é segundo tenente do Exército e atua num Regimento no oeste de Santa Catarina.
Crime
De acordo com a lei 7.716/89, atualizada em 1997, é crime federal fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. A pena é prisão de dois a cinco anos e multa.
Leia a nota do PL de Santa Catarina:
O Diretório Estadual do Partido Liberal em Santa Catarina desconhecia a filiação do candidato a vereador da cidade de Pomerode, Professor Wander, conduzida diretamente pelo órgão de direção municipal. Por não compactuar ideologicamente com o filiado, o PL encaminhou o desligamento do mesmo. O partido reforça sua firme posição contra todo tipo de apologia à discriminação racial, religiosa e social