Nesta quarta-feira (31), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, suspendeu duas investigações policiais sobre o empresário Benjamin Steinbruch, presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
Steinbruch é suspeito de pagar propinas a partidos políticos por intermédio de Marcelo Odebrecht: R$ 2,5 milhões para o PSB, na campanha em favor de Paulo Skaf ao governo de São Paulo, em 2010; e R$ 14 milhões para o PT, no mesmo ano, a pedido de Antonio Palocci (PT).
Palocci disse que doação ao PT tinha como contrapartida medidas provisórias de interesse de Steinbruch. Em sua delação, Marcelo Odebrecht disse que recebia pedidos de empresários para fazer doações a políticos.
No caso de Steinbruch, a Odebrecht seria recompensada com um contrato na CSN para a construção de uma fábrica de aço.
No entanto, Lewandowski afirmou que, em depoimento, Marcelo Odebrecht não disse a forma como Steinbruch queria fazer as doações, se de forma oficial ou por meio de caixa 2. Além disso, considerou “fragilíssima” a delação de Palocci e que ela foi rejeitada pelo Ministério Público Federal.
O ministro do STF acrescentou ainda que as investigações duram mais de quatro anos sem provas contra o empresário.
“De modo a resguardar o devido processo legal eleitoral, cujos fatos ora examinados foram amplamente debatidos na Pet 6.820-AgRED/DF, e tendo em conta que as referidas investigações perduram há mais de 4 (quatro) anos inconclusas, entendo necessário o implemento da medida liminar”, escreveu Lewandowski na decisão.