Na manhã desta terça-feira (27), o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) criticou o posicionamento do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que se manifestou contrário à decisão da Justiça Federal que tentou barrar Renan Calheiros de assumir como relator da CPI da Covid.
“Eu tenho um CPF e o presidente da República tem outro. Da minha parte, entendo sim que houve uma ingratidão, uma falta de consideração do presidente Rodrigo Pacheco de, pelo menos, nos buscar para que pudéssemos dar o nosso ponto de vista sobre a conveniência e oportunidade de se instalar uma CPI como essa”, afirmou o parlamentar.
Flávio criticou o fato de Pacheco ter sido contrário à sentença que tentou barrar Renan da relatoria, mas acatou decisão do STF, que determinou a abertura da CPI.
“Lamento a postura do presidente [Rodrigo Pacheco] de não ter sido mais incisivo como foi com a decisão da Justiça Federal”, criticou.
O senador também é contra Renan Calheiros na relatoria por entender que o parlamentar é “suspeito” para investigar governos, uma vez que é pai de Renan Filho (MDB), governador de Alagoas.
“Renan Calheiros deu entrevista dizendo que o governo federal foi omisso, ele antecipou seu parecer sem colher prova de nada, não ouviu ninguém. É uma clara demonstração de como será o encaminhamento dele e ele, obviamente, tem impedimento para estar na CPI”, afirmou.
Na avaliação de Flávio, a CPI servirá de “palanque político” para as eleições de 2022:
“Vão usar os caixões dos quase 400 mil mortos para fazer política contra o governo federal”.