Após defender o atual sistema de votação eletrônica, o presidente do TSE e ministro do STF, Luís Roberto Barroso, disse que se o voto impresso auditável for aprovado, “a vida vai ficar bem pior”.
“Essa é uma decisão política. Se o Congresso decidir que deve ter voto impresso e o Supremo validar, vai ter voto impresso. Mas vai piorar. A vida vai ficar bem pior, vai ficar parecido com o que era antes”, afirmou o ministro nesta manhã (09) durante comissão na Câmara.
Eele pontou custo R$ 2 bilhões e dificuldades administrativas, com realização de licitações para comprar novas urnas e elaboração de projeto para implementação do voto impresso auditável.
“Faz bastante diferença, é uma opção que cabe ao Congresso. Só gostaria de lembrar que só não realizamos o Censo por falta de dinheiro e que as Forças Armadas não puderam ajudar numa operação, que eu mesmo determinei para proteger comunidades indígenas e garimpeiros num conflito, porque não tinha recursos”.
Reiterou depois que, mesmo diante das dificuldades, “se o Congresso aprovar, o TSE em boa-fé, vai tentar cumprir”. “Não há risco de não se cumprir decisão do Congresso Nacional. Torço para que ela não venha, mas se vier, nós cumpriremos, mas é preciso ressaltar que não é fácil”.